Faça-me o Favor!

Não nos responsabilizamos por mudanças súbidas de humor ou apetite, ofenças pessoais ou sentimentos inibidos que aflorem de quem por descuido venha a ler isso aqui. Queremos que tudo se exploda e não queremos explodir juntos. Não estamos aqui para sermos atacados, somos nos que atacamos. Ficamos em cima do muro mesmo, atirando pedra em quem passar em baixo, independente do lado.

quinta-feira, novembro 29, 2007

Eagles no Clash

To com preguiça de contar do show, estão fiz um copy/paste de um crônica que eu achei uma bosta.
Olha só a merda da midia que faz a cobertura de showzinhos descolados que nem conhecem bem a banda. Um cara que estava no show do Eagles esperando "somente" o bateria (Josh Homme) que no caso é um sujeito de muito mais fama que os pobres novatos da california, mas quase tão fodas quanto.... ou talvez pq a reporter nem conheça que os caras são naturalmente doidos e que não estão fazendo "papel de doidos descolados"
E deve ser um porre ter que viver sendo o banda que o lider do QOTSA tem um projeto paralelo. Pqp, os caras são bons pra caralho e precisam ser reconhecidos por isso, não como um projeto paralelo, um negocio secundario

Aê niili's, confere a reportagem? Eu achei do caralho, mas sou suspeito pq talvez seja isso que eu queria imaginar que tenha sido, pq tava na pilha de ver o show.

E o emprego desse crítico deve ser o pior emprego do mundo, tendo que ficar fazendo reportagem em um momento de deveria ser de curtição, o cara tem que ficar noiado em fazer uma avaliação da conjuntura do show.... puta que pariu, como diria ele mesmo... nem um pouco Rock & Roll!!!

Motomix 2007 - Quarta-feira de rockão com Eagles of Death Metal
Josh Homme faz falta na noite pesada do festival, que animou o Clash.
29.11.07 16:15

Quarta-feira, no clube paulistano Clash, por volta da meia-noite e meia entra a banda de rock Eagles of Death Metal anunciando que eles “estavam tendo o tempo da vida deles”, e que eles “amam São Paulo do fundo do coração”.

Quando artistas soltam essas frases antes de sentir o público e tocar qualquer coisa eles estão querendo comprar sua reação. Só que nesse caso, os californianos passavam uma verdade absurda. Afinal, a banda é pouco conhecida lá fora, e grande parte do seu “sucesso” se deve a participação do Josh Homme do Queens of the Stone Age, um dos idealizadores do projeto. Aqui no Brasil eles são um dos principais nome de um festival que nos outros anos teve gente como Franz Ferdinand e Art Brut. Só que infelizmente o Josh Homme não veio, e nem o rock criativo do QOTSA.

A banda abusa do rockão quadrado e só consegue ir um passo adiante quando usa o humor em suas músicas. Por isso que as músicas “Cherry Cola”, “I Want You So Hard (Boy's Bad News)” e "I Only Want You" foram as mais animadas da noite. Porém, o público que quase lotava a casa não estava preocupado em firulas ou modernidades. A cada palhetada numa guitarra bem distorcida os cabeludos, todos vestidos de camiseta preta, saldavam a banda como a salvação do rock.


BANDA DE PUB
Se o carisma de Jesse Hughes acrescenta bastante à performance, o mesmo não pode ser dito sobre a música. Talvez, o fato deles quererem tocar todas as faixas dos dois álbuns da banda não tenha colaborado muito (desejo não consumado, diga-se de passagem). Houve um momento em que os americanos emendaram duas covers clássicas - "Brown Sugar" dos Rolling Stones e "Beat on the Brat" dos Ramones - que fez com que eles parecessem tão comuns e ordinários que qualquer desavisado os confundiria com uma banda de um pub roqueiro.

Certamente não é um show para encabeçar listas de melhores do ano, apesar de não ter sido uma apresentação de todo mal. O problema é que eles requentam mal um estilo que já não diz muita coisa. Será que da próxima vez podemos ter show com a outra banda do Josh Homme? Aquela outra lá, em que ele participa de todos os shows.

Obs.: Eles terminaram o show quebrando uma belíssima guitarra e jogando o resto para uma platéia sedenta por instrumentos moídos. Rrrrock'n'roll!
(Raphael Caffarena)

Fotos: André Porto/UOL

terça-feira, novembro 27, 2007

Dias melhores virão?

A tempos deixei de ser tão reclamão como antigamente... então irei reinvidicar meu direito de chorar as pitangas publicamente.

Poucos dias no meu ano são ruins. As vezes, um dia ferrado no trabalho, um outro em que aconteceu uma grande merda. Mas pelo menos 1 vez no ano sei que viverei o pior dia da minha vida. E esse dia é sempre 25/11. Simplificando, meu aniversário.

Ruim porque é o dia que não estou preocupado em ser algum diferente só para agradar ninguém, o dia em que não me forço a esconder meus medos, o dia que abandono minha armadura contra as mazelas do dia-a-dia... e é exatamente aí que me fodo. Não posso deixar de me proteger da realidade que desgosto, tenho que continuar escondendo meus medos.


Pra ilustrar, no sábado minha esposa resolveu fazer uma festinha, bem estilo infantil (com doces, bolo, cachorro-quente e um pouco de vodka, pq a gente não é mais tão criança). Convidamos umas 25 pessoas; somente 2 apareceram (um casal de amigos)
No domingo (dia cartorial do aniversário), 3 pessoas me ligaram. Minha mãe (que falou comigo exatos 35 segundos), meu irmão (e esse, por muita insistência minha, consegui arrastar um pouco mais o papo para uns 2,5 minutos) e minha sogra (pq minha esposa avisou ela no dia).


Meu aniversário me mostra o quanto eu sou insignificante para a vida das outras pessoas e o quanto eu sou diferente daquilo que sempre sonhei em ser... alguém que merece ser lembrado. É dificil alguma coisa me deixar deprimido, mas sei que essa sensação de inutilidade e rejeição coletiva é o melhor caminho pra isso. E o pior é que o desanimo é tanto que nem quero deixar de sentir isso, parece ser uma droga viciante da qual não quero me desprender.


E a história se repete desde meus 10 anos, em que vivia isolado, assoprando velas cercado com alguns familiares que minha mãe fez questão de convidar, e que também via minha mãe de matar pra deixar tudo pronto pra festa, ansiosa por achar que nada ficaria pronto a tempo e no final, somente 10% dos convidados honrarem o compromisso de aparecer.

Os mais raivosos ou desatentos podem dizer que essa falta de "lembrança" é decorrente da minha chatice, o que talvez estejam certo. Mas juro que nunca tive a vontade de ser chato.... muito pelo contrário. Por ser tímido, depender absurdamente da aceitação alheia e também por ter um fundo de bondade dentro dessa carcaça, sempre tento fazer o melhor pra cada pessoa. Sempre estou disposto a ajudar, a escutar, a ser um cara legal pra todo mundo e fazer aquelas coisas que fui educado a acreditar que são as coisas que as pessoas gostam. E a cada dia vejo que me ensinaram errado.


E foda que novamente continuarei acreditando que da próxima vez será diferente. E provavelmente irei quebrei a cara.
Agora é só aguentar a fossa por esses dias e me preparar para 25/11/2008.

Lidando com pessoas completamente irracionais

Você não é o único.

Nada, mas nada diminui a sua felicidade mais rapidamente que uma discussão com um ser irracional. Você simplesmente não consegue convencer a pessoa através das suas habilidades superiores de argumentação.

Tentar vencer uma discussão com um ser irracional é como tentar ensinar um flamenguista ou um corinthiano a abraçar um vascaíno ou palmeirense fornecendo instruções escritas. Mas não importa quão claras sejam as suas instruções, não funciona.

A melhor tática é tentar reduzir o tempo gasto em situações assim. Saibam então que foi desenvolvida uma solução para este problema, que é baseada no fato de que pessoas irracionais são facilmente convencidas por qualquer coisa publicada.


- Astrogildo: De agora em diante não vou tentar argumentar com os idiotas que eu encontrar. Eu vou dispensá-los com um "Aham".

- Vandiscleisson: Só porque alguém pensa diferente de você, não significa que ele seja um idiota.

- Astrogildo: Aham.

segunda-feira, novembro 26, 2007

Extra! Extra!

Notícia 1

Admito que não tenho um coração dos mais bondosos. Além disso, confesso também que meu senso de direção não é dos melhores. Por causa do primeiro fato e apesar do segundo, digo que achei graça no desaparecimento de uma baleia no meio do Pará semana passada.

Em termos gerais, a bichinha de 5 metros errou uma curva lá na altura da ilha do Marajó, entrou à esquerda onde não devia e percorreu 800 km rio acima. Ferida, não resistiu e foi encontrada morta no dia 20/Novembro.

Cá entre nós, leitores maldosos, será que é tão difícil assim diferenciar um rio do mar?

Pelo bem da natureza, não me foi dada a oportunidade de passar minha existência nadando pelos mares, assim não tenho como afirmar com certeza que tal tarefa é realmente fácil. Em todo caso, insisto que a pobrezinha deveria ter percebido que o mar estava meio estreito e raso, ou que ela se desse conta de que nadar OITOCENTOS QUILÔMETROS na mesma direção não era exatamente uma boa idéia.

De qualquer forma, requiescat in pace, carus cetaceum...


Notícia 2

Numa recente operação da Polícia Federal (acho que relacionada ao Law Kin Chong), os canais de TV mostraram os agentes da Polícia apreendendo computadores que teriam sido utilizados pela rede criminosa.

A parte surpreendente é que os policiais apareciam carregando os MONITORES em direção às viaturas...

Prefiro acreditar que seja apenas burrice e que eles achavam que os respectivos monitores seriam fundamentais para análise das informações gravadas nos computadores.

sexta-feira, novembro 23, 2007

O melhor de 2007

Quase finito o ano, surge a época de retrospectivas, estilo Rede Globo. Aqui quero fazer uma um pouco diferente, meio uma eleição.

Qual foi o melhor album de 2007? Tenho algumas sugestões.

1) The Mix Up - Beastie Boys.

Album fodíssimo dos caras que sempre fizeram um hip-hop muito respeitado. Só que esse disco é instrumental, quase um jazz moderno. Nada de letras políticas ou rápidas... nada de letra alguma. Diz a lenda que eles ainda vão gravar vocais e lançar um outro disco.

O mais legal do album é o clima de "não gravação", sempre parecendo uma jam session criada na hora e gravada. O clipe de Off the Grid (http://www.youtube.com/watch?v=L8uQXtpUxok)mostra bem isso.

2) Era Vulgaris - Queens of the Stone Age

Seria chover no molhado falar que esse album é o mais bem criado e produzido do Queens, detalhista no osso. Josh Homme cada vez mais loko, Troy Van Leeuwen arregaçando na guitarrinha distorcida, o chicano Joey Castillo fazendo as melhores e mais lokas levadas de bateria. Ainda tenho minhas ressalvas quando ao baixista Michael Shuman.
Além disso, esse disco teve uma divulgação hiper legal (vide site http://www.qotsa.com/), com desenho animado e as tranqueiras mais legais da net (não tinha papel de parede e fotos como diz o costume, mas tinham banners para blog e icones animados para windows).
Só mais uma coisa... esse foi o disco que dizia eu escutar mensagens diabólicas e me deixou semi-louco).
Seguindo as sugestões youtubianas, o video do misfit love (que o burocrata já postou aqui neste blog) é o mais legal. http://www.youtube.com/watch?v=sYw0KhwXdAY

3) In Rainbows - Radiohead

Esse play caiu na minha mão por acaso, e caiu bem. Além da divulgação "exótica" estilo Casas Bahia (vc escolhia quanto queria pagar pelas músicas baixadas na net).... mas não é por isso que o disco é bom, pra mim o melhor disco dos caras.
Nada de choramingação, muito falso-eletrônico (A bateria tem uma levada impressionante de drum & bass). Ainda não digeri ele todo, mas pelo que já degustei, vale quanto pesa.



4) Fabric 36 - Ricardo Villalobos

Música eletrônica é bom e eu gosto. Não gosto tanto quanto outros cabras desse blog, mas gosto. E esse disco mostra o quanto música eletrônica é tão foda de ser feita como qualquer música "normal".

Não sei nada tecnicamente do disco, só que o som é muito bem feito.
Pra quem foi no show dele aqui em SP no Edge, sabe do que eu estou falando.

segunda-feira, novembro 19, 2007

Little thinks

Estou de férias. Pelo menos eu estou considerando esses 3 dias de férias + 2 feriados (11 dias no total) como sendo, por mais que muita gente ache estranho "só" 11 dias de férias. E estou gostando bastante.
Não pq agora tenho tempo pra fazer aquelas coisas que sempre falo que vou fazer e nunca começo, ou então para fazer uma viagem muito diferente e cara.

Nada disso, estou gostando de não ter pressa.

Hoje nada melhor do que não ter pressa.... poder fazer aquilo no tempo que você quer, e não no tempo que lhe deram pra fazer, é uma coisa que não tem preço.
Nossa vida moderna não nos dá mais esse direito. Trabalhamos mais tempo do que nos divertimos, e quando estamos de férias, nos obrigamos a fazer coisas diferentes, a conhecer lugares e gente diferente.
E é exatamente o contrário que estou fazendo em minhas férias. Continuo e SP, continuo na Av. Paulista, só que agora pq eu quero, não pq meu ganha-pão vem de lá. Vcs não conseguem imaginar o quão bom foi ter andado na Paulista, sem terno e gravata, de jeans e camiseta branca. O quanto foi bom poder ser eu mesmo aonde eu vivo, aonde eu passo 80% do meu tempo.

Estou gostando muito disso, de poder ser eu mesmo onde quer que seja. São Paulo é o melhor que já conheci para ser autêntico, já que vc simplesmente é só mais um rosto na multidão... ninguém de olha, ninguém de julga, desde que não seja hiper-extravagante como um emo ou degradante como um mendigo.

sábado, novembro 17, 2007

A Ilha ao meio-dia (Julio Cortázar)



Estava dentro de um aviao lendo a história de um comissário de bordo que abandonou a profissao para refugiar-se em uma esquecida ilha, a qual lhe chamava desde a janela apresentada rotineiramente a ele sob a rota de voo. Enquanto nadava na praia da ilha de seus sonhos, saboreando somente paz, ele pode ver a aeronave de seus dias cair no mar.


Abandonar salvou sua vida.


O aviao em que eu estava nao me levava pra casa. Nao para aquela que assim chamei pela maior parte da minha vida. E pedindo uma coca para o comissário de bordo, me perguntei se estava voltando para minha ilha ou se aquele aviao poderia cair no mar a qualquer momento.

sexta-feira, novembro 16, 2007

A piece of advice

terça-feira, novembro 13, 2007

Verbo to be

Com o tempo você aprende que, se quiser alguma coisa, terá que conseguir sozinho. Por mais que as pessoas gostem de você e até digam te ajudar, no fim as coisas serão sempre só entre você e o seu objetivo.

Cá estou... uma bonequinha de porcelana na prateleira: mas às vezes me incomoda ficar muito tempo no mesmo canto... mais do que isso, às vezes junta pó em cima de mim.

O cansaço também cansa.

sexta-feira, novembro 09, 2007

Saudades da Belle Epoque (flashes da vida moderna)


Cena do quotidiano 1

Ônibus lotado na grande metrópole. Caos, incômodo, cansaço, calor e sofreguidão. De repente, um estridente apito vem tirar o pouco de paz que ainda há entre os passageiros.

Uma jovem senhora aparentemente é a causa do ruído. Precipita-se em direção a um banco, senta-se parcialmente em cima de um passageiro e ainda atinge o ventre dele com sua grande bolsa.

Busca vorazmente seu celular dentro da bolsa, com o frenesi da adolescente que aguarda a ligação do primeiro namorado. Finalmente encontra o aparelho, olha o identificador de chamadas, profere um "Ah..." xôxo, dá de ombros e silencia o bichinho.


Cena do quotidiano 2

Final de tarde nublado ameaçando cair um pé d'água daqueles de parar a cidade. Você corre até o mercado pra comprar carne moída pra janta (e um chocotone também que niguém é de ferro).

Logo na entrada, desiste de pegar uma cestinha quando vê o tamanho da fila de "poucas unidades". Decide correr até a seção de carnes, mas eis que no caminho tromba com um gaúcho "pilotando" um carrinho desenfrado. Você sabe que é um gaúcho porque ele não só está de bombacha como apresenta-se com toda a indumentária característica.

Ao chegar na seção buscada tudo faz sentido. Ao lado do freezer do patinho e do acém você lê, em letras grandes num cartaz colorido: O Gaúcho Tropeiro - tradicional música dos pampas. E logo em seguida escuta a ordem: - Baahh, mulher, venha logo me ajudar a colocar as coisas no carrinho pra sairmos antes do temporal.

As coisas são instrumentos e apetrechos. E você se pergunta o quanto daquilo faz o gaúcho se sentir realizado, e o quanto o mercado lucra com a atração.

quarta-feira, novembro 07, 2007

"A gente leva da vida, a vida que a gente leva"

Não é nenhuma novidade que dinheiro, viagens, status, beleza e outras coisinhas mundanas são sonhos de consumo de muita gente, mas não dão sentido à vida de ninguém. A única coisa que justifica nossa existência são as relações que a gente constrói. Só os afetos é que compensam a gente percorrer uma vida inteira sem saber de onde viemos e para onde vamos. Diante da pergunta enigmática - por que estamos aqui? - só nos consola uma resposta: para dar e receber abraços, apoio, cumplicidade, para nos reconhecermos um no outro, para repartir nossas angústias, sonhos, delírios. Para amar, resumindo.

Piegas? Depende de como essa história é contada. Se for com um power-point de frases batidas e musiquinha romântica, é piegas à beça. Mas se for através de um filme inteligente, sarcástico, tragicômico como Invasões Bárbaras, o piegas passa à condição de arte. O filme é uma espécie de continuação de O Declínio do Império Americano. Naquele, um grupo de amigos se encontrava numa casa à beira de um lago e discutia sobre vida, morte, sexo, política, filosofia. Em Invasões Bárbaras, estes mesmos amigos, quase 20 anos depois, se reencontram por causa da doença de um deles, que está com os dias contados. Descobrem que muitos dos seus ideais não vingaram, que muita coisa não saiu como o planejado, só o que sobrou mesmo foi a amizade entre eles. E a gente se pergunta: há algo mais nesta vida pra sobrar? Quando chegar a nossa hora, o que realmente terá valido a pena?

Os rostos, risadas, amantes, pernas, beijos, confidências e olhares que nos fizeram felizes por variados instantes, que preencheram o vazio da alma nas suas guardadas proporções. Pais e filhos, companheiros, amigos: são eles que sustentam a nossa aparente normalidade, são eles que estimulam a nossa funcionalidade social. Se não for por eles, se não houver um passado e um presente para com eles compartilhar, com que identidade continuaremos em frente? Que história teremos para carregar? Quem testemunhará que aqui estivemos? Só quem nos conhece a fundo pode compreender o que nos revira por dentro, qual foi o trajeto percorrido para chegarmos neste exato ponto em que estamos, neste estágio de assombro ou alegria ou desespero ou seja lá em que pé estão as coisas pra você. Se não nos decifraram, se não permitimos que aplicassem um raio-X na gente, então não existimos, o sentido da vida foi nenhum.

Todas as pessoas querem deixar alguns vestígios para a posteridade. Deixar alguma marca. É a velha história do livro, do filho e da árvore, o trio que supostamente nos imortaliza. Filhos somem no mundo, árvores são cortadas, livros mofam em sebos. A única coisa que nos imortaliza - mesmo - é a memória daqueles que nos amaram.

terça-feira, novembro 06, 2007

Melhor que a Disney!!

Reencontrei um amigo meu de faculdade e um tempo de trabalho (trabalhamos juntos uns 2 anos), que também tinha ganho uma pá de grana na bolsa na semana passada. Garoto classe média alta, que quando criança ia pra Disney e tal. Reencontro legal.
O mais interessante é que o rapaz está, pelas suas próprias palavras, viciado em puta. "Bahamas é mais divertido que a Disney!!!!" ele me disse.
Pra um fã da cultura americana, imagino o tamanho do vício dele.

Pros interessados, a internet sempre foi um prato transbordando de cheio. Só precisa de uma graninha extra (pq 400 contos a hora não é pra qualquer um).

http://www.executivoclub.com/inicial/mulher/index.php

domingo, novembro 04, 2007

QOTSA no Rock in Rio 3

Essa é pra relembrar... pra relembrar o quanto a gente já foi bobo de criar pré-julgamentos. Aposto que várias pessoas foram ao dia metal do Rock in Rio e só estava lá pelo Iron Maiden, talvez por um pouco de Judas Priest, mas quase ninguém pra ver um tal de Queens of The Stone Age, bandinha de rock californiano (como havia anunciado o Jornal Hoje daquele dia). QOTSA já antecipado pela Folha de São Paulo daquela semana. Não fui pro Rock in Rio, e se fosse, também teria passado batido.
Mas voltando ao assunto, 2 grandes amigos meus, metaleiros de carteirinha e um pouco cabeçudos nas idéias musicais forma pra lá, e hoje sabem que o Queens são mais fodas que o Iron. Não por cabeçudisse mesmo, mas porque eramos imaduros demais para não pensar somente naquilo que chamava atenção no momento, mas por tudo aquilo que cercava as bandas famosas no periodo, mas que não possuiam tantos olofotes como as tais.

Achei 2 comentários da época na Whiplash, que expressão bem o que eu quero dizer.

"Primeiro,e principal ponto falar que o show do QOTSA foi uma bosta, mostra que o brasileiro não tem um mínimo de senso musical
principalmente esses fãs roqueiros, endeuzam o IRON MAIDEN acima de tudo, concordo que o IRON MAIDEN é uma excepcional banda, porém o brasileiro não consegue olhar para outros lados, simplesmente é o IRON MAIDEN e o resto é bosta. simplesmente o QOTSA arrebentou, fez solos, foi um dos melhores shows do RiR III, aluciante, sem contar que tocaram o tempo todo sob vaias.
Por isso que eu digo que que a pior coisa do mundo é fã, o cara se sente ofendido se alguém fala mal da banda dele, é simplesmente um tapado, saudosista, que só enxerga o que esta a frente de seu nariz, creio que essa palavra - fã - deva ter vindo de fanatico. "
http://whiplash.net/materias/shows_users/049147.html

" Já era de se esperar que o QOTSA nao fosse agradar muito o público pela noite que ele ia tocar... Boa parte do pessoal que estava lá era o pessoalzinho de 12/15 anos que escutou ontem Guns, hoje Iron (sempre atrasados) e diz que é "roqueirão"...
O QOTSA fez um ótimo show, superando as condições do som do evento, mas na noite errada... Com muitas doses de peso com muita melodia, alguns lances desnecessários, como o grupo de capoeira que ficou quase meia hora no palco. Até os integrantes já tentavam dar algum sinal com a cabeça para parar, mas quem é que se tocava? O lance da nudez do baixista foi polêmica à parte. Só deu a merda que deu pelo motivo que o show estava sendo transmitido ao vivo por alguns canais da tv a cabo. Se não tivesse com certeza aquilo iria morrer ali e ainda teria sido muito foda.
O tipo de som que eles fazem ainda vai influenciar muita banda, e, sendo precipitado, como o NIRVANA influenciou. Imagine o NIRVANA tocando a'li no lugar do QOTSA, naquela noite: seriam alvo fácil de garrafinhas de água... Não estou comparando as bandas, mas sim o impacto que elas causam pelo som, nao pela fama. O Brasil tem que aprender a ouvir música. E o "roqueirão" também."
http://whiplash.net/materias/shows_users/049154.html

Abrir a mente para novas coisas é um dos melhores aprendizados que uma pessoa desenvolve somente com o tempo. Um dos melhores que estou passando e acredito esteja sendo bom pra vocês também.