Armless na Terrinha - Notas Gastronômicas
Não existe comida baiana em Salvador. Essa é minha conclusão. Tem uma porrada de restaurantes com o mesmo cardápio e o mesmo preço extorsivo. Obviamente, apelando para o estereótipo da moqueca e frutos-do-mar, a comida nordestina mesmo não passa nem perto dali. Pois só consegui encontrar um lugar que tinha carne de bode depois de muito conversar com um taxista e conseguir fazê-lo entender que eu queria “comida caipira”. Acabou que não deu jeito de ir no lugar, mas foi a única menção a carne de bode feita na semana toda.
Bom, o que comer então? Comida chinesa, árabe, japonesa, fast-foods de todo jeito e pra todo gosto e bolso. Mesmo por que, depois das duas da tarde não existe lugar pra comer naquela terra... e eu não sou de desistir de arranjar o que comer. Sou de bater perna...
E andei, andei, andei. E morri no mac. Tive que me submeter ao mac... realmente, tive que engolir esse acinte.
Não me dei por vencido e tentei. Inútil. Tirando o almoço no mercado e um acarajé num dos trezentos “melhor acarajé de Salvador”... (tem um em cada esquina, e só começam a funcionar depois das quatro da tarde), nada digno de nota em termos gastronômicos por lá. Fui advertido parcialmente. Mas me decepcionei.
Na última hora, pra vir pra casa, queria comprar algum doce da terrinha, uma carne de sol, qualquer coisa pra dular minha sogra. Entrei em CINCO supermercados e só no último encontrei um doce de genipapo (muito bom por sinal) e um miserável quilinho de carne-de-sol!!! E ainda por que o sujeito me fez o favor de ir buscar lá no frigorífico do mercado (o que levou umas duas horas...).
Você vai dizer que procurei no lugar errado. Bem, pode ser. Mas não deixei de perguntar para os nativos, nos bares, no hotel, para taxistas... e todos diziam a mesma coisa: é difícil encontrar essas coisas em Salvador.
Que puxa...
Bom, o que comer então? Comida chinesa, árabe, japonesa, fast-foods de todo jeito e pra todo gosto e bolso. Mesmo por que, depois das duas da tarde não existe lugar pra comer naquela terra... e eu não sou de desistir de arranjar o que comer. Sou de bater perna...
E andei, andei, andei. E morri no mac. Tive que me submeter ao mac... realmente, tive que engolir esse acinte.
Não me dei por vencido e tentei. Inútil. Tirando o almoço no mercado e um acarajé num dos trezentos “melhor acarajé de Salvador”... (tem um em cada esquina, e só começam a funcionar depois das quatro da tarde), nada digno de nota em termos gastronômicos por lá. Fui advertido parcialmente. Mas me decepcionei.
Na última hora, pra vir pra casa, queria comprar algum doce da terrinha, uma carne de sol, qualquer coisa pra dular minha sogra. Entrei em CINCO supermercados e só no último encontrei um doce de genipapo (muito bom por sinal) e um miserável quilinho de carne-de-sol!!! E ainda por que o sujeito me fez o favor de ir buscar lá no frigorífico do mercado (o que levou umas duas horas...).
Você vai dizer que procurei no lugar errado. Bem, pode ser. Mas não deixei de perguntar para os nativos, nos bares, no hotel, para taxistas... e todos diziam a mesma coisa: é difícil encontrar essas coisas em Salvador.
Que puxa...
3 Comentários:
Às 1:13 PM , Puta Véia disse...
Crise de identidade dá nisso mesmo. Baiano não sabe mais o que é... ainda quer ser baiano, mas esqueceu como é. É cobrado como paulista, a ser produtivo, a ter tudo, e as industriais facilitaram muito, "desenvolvendo" o lugar.
Ótimo que agora o cara consegue comer de tudo, picanha (que foi o que eu mais comi enquanto estive em Salvador), mas a facilidade dos produtos industrializados, frente a dificuldade de se produzir aquela comida típica... acho que foi por isso que hoje ficou assim. Comida típica da muito trabalho
Às 6:30 PM , Anônimo disse...
Também acho ótimo ter de tudo. Mas lá não tem mais de tudo. Só tem o que tem aqui. Aliás, aqui tem muito, mas muito mais do que lá. Aqui sim, tem de tudo. Ainda não vi lugar como o Mercadão do Pq.D.Pedro.
Às 7:44 PM , Burocrata disse...
Que merda de lugar! Pense pelo lado bom Armless, nao encontrando comida típica, vc pode ter escapado de uma caganeira homérica!
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