Faça-me o Favor!

Não nos responsabilizamos por mudanças súbidas de humor ou apetite, ofenças pessoais ou sentimentos inibidos que aflorem de quem por descuido venha a ler isso aqui. Queremos que tudo se exploda e não queremos explodir juntos. Não estamos aqui para sermos atacados, somos nos que atacamos. Ficamos em cima do muro mesmo, atirando pedra em quem passar em baixo, independente do lado.

quarta-feira, junho 13, 2007

Daquilo que muda e Daquilo que não muda

Meses atrás eu estava assistindo CSI (se eu fosse inteligente de verdade e vivesse num país de primeiro mundo, essa seria minha profissão de escolha, mas isso não vem ao caso!!) e os caras estavam tendo uma conversa sobre o DNA do bandido e eis que um dos personagens falou um negócio bem legal: "What you are" never change but "who you are" never stop changing.

Gostei tanto da frase que levantei da cama e tomei nota disso num pedaço de papel. (FATO: séculos atrás, quando eu era uma funcionária neurótica, costumava ter um bloquinho de anotações e uma caneta na cabeceira da cama pois não raras vezes acordava no meio da noite com pendências a serem resolvidas, dúvidas inquietantes ou idéias mirabolantes para a condução dos projetos e tinha que tomar nota. Passada essa fase, escondi o bloquinho e agora tenho que tirar minha bunda do lugar pra anotar algo). A frase ficou então martelando na minha cabeça e acabou por povoar toda uma reflexão.

Afinal, de onde vem a velha premissa do "fulano não vai mudar nunca" ou o famoso "caramba, como ele mudou!!"? E por que é que tem coisas na vida da gente que a gente insiste em dizer "isso eu não vou mudar jamais", reforçando/justificando ser uma característica da sua essência como ser humano de personalidade X, Y ou Z? E por que quando são (não raras vezes) essas mesmas características mas NOS OUTROS, você faz de tudo pra mudar O OUTRO?

Complexo demais? Pois bem, então vamos pra algo mais básico... Se admitimos que mudamos (não, não há como negar), quando é que diabos se muda? Quando se quer mudar ou isso acontece com o vento (pra não dizer com o tempo e direcionar a resposta)? O que pode ser classificado como amadurecimento e o que é só uma "boba/trivial" mudança? Há coisas que de fato não mudam nunca? Quais são elas? Como identificá-las? Isso é positivo (indeed)? Há "volta" nas mudanças ou seriam novas mudanças? Temos escolha (consciênte, onipotente e onipresente) nas/das mudanças? Em quais delas? Bom, eu falei aí acima do meu bloquinho de anotações... pois me digam: O que mudou?? Quando mudou?? Por que mudou??

Seja lá como for, o quanto cada um leva isso tudo a sério é que no final faz toda a diferença. E lá está Janis correndo atrás do rabo mais uma vez....

8 Comentários:

  • Às 4:39 PM , Blogger Puta Véia disse...

    Janis, siga o conselho de nossa dignissima ministra do turisco (conhecida também como Marta Suplicy)... relaxa e goza!!!
    Responder cada uma das perguntas que você fez não fará vc melhor, nem mais espera... só com menos tempo de vida pras coisas realmente úteis.
    Em tempo, CSI é uma merda... o sonho dao trabalho sempre perfeito americano. Pior que isso, só Cold Case e o insuportavelmente babaca e racista 24 horas (papo de viciado em séries televisivas)

     
  • Às 8:08 PM , Blogger Burocrata disse...

    Realmente foi uma ótima idéia convidar a Janis para ser colaboradora, adoro ler um texto com conteúdo quando estou de bobeira no trabalho, se depender da PV e de mim isto aqui estaria uma merda.
    Bom comentanto: acho que ficou latente a diferenca de fases que PV e Janis passam agora, uma está com a mente tao ativa e com vontande de se entender que uma simples frase (aforismo?) em um seriado a faz devanear (sick), a outra está numas de carpe diem exatamente como Rauzito falava: "Quem me dera eu fosse burro, assim nao sofria tanto". Confesso que estou atualmente pendendo pro lado da PV, racionalizar demais tudo que ocorre comigo tem feito mal pra minha natureza essencialmente emocional. Medo de encarar a realidade? Talvez. Consciencia de que a vida passa? Definitivamente. Mas sem dúvida eu.... mudei! Quando? Acho que no meio do ano passado (tem um post meu com uma letra do Queens que fala exatamente sobre isso, vou ver a data depois). Reforcado este ano pela mudanca de país certamente. Por que da mudanca? Porque tava ruim, tava muito ruim! E agora está melhor, ou eu apenas nao estou querendo ver....

     
  • Às 8:11 PM , Blogger Burocrata disse...

    PV fale mais sobre essa ilusao do trabalho perfeito que os malditos americanos passam em seus filmes. Sei que isso te afeta muito e este assunto pode gerar uma discussao boníssima!

     
  • Às 9:22 AM , Blogger Puta Véia disse...

    Só pra me explicar melhor.... estou nessa fase Le passé principalmente pq já passei pela fase de investigação pessoal. Acho que uma só existe pq a outra já existiu.
    Teremos a prova disso quando Janis começar a desencanar dessa auto-análise.
    PS: Ainda faço análise, mais pra aprender a lidar com toda a informação que já gerei sobre mim mesmo do que pra me conhecer melhor, mas é claro que a cada sessão, vc aprende um pouco mais.

    E assim que eu assimilar as novas funções gerenciais que desenvolvo no meu trabalho, e principalmente quando passar essa preguiça desgraçada que eu estou de escrever, falarei de alguma coisa no blog.

     
  • Às 10:24 AM , Anonymous Anônimo disse...

    O que eu penso pra mim é direcionar essa energia do questionamento para o encaminhamento das reflexões. A mudança propriamente dita, aquela que é expressa em atitudes, gestos e comportamentos, é o resultado final de reflexões e da masturbação mental. Se vc se sente mudando é por que não deixou de refletir.
    Isso é diferente do que eu sinto comigo que é o gostar de mudar, gostar de deixar as coisas que aconteceram no seu lugar e evitar ser aquele que "apaga luz e fecha a porta". E eu já escrevi toneladas de coisas sobre isso. Quem sabe, seguindo o exemplo do Burocrata, eu não requento velhos posts sobre o assunto.
    No mais, evitar pensar é evitar o desconforto. E ninguém se mexe se não há desconforto. Como isso significa confronto consigo, fraquezas e aborrecimentos, evita-se. Pra isso, aconselho Nietzsche, já que a Escola Crítica só geraria suicídios!

     
  • Às 10:42 AM , Anonymous Anônimo disse...

    Em tempo, e na ordem, já que pra mim muitos desses pontos são claros:
    COMPLEXO DEMAIS? Não
    QUANDO DIABOS SE MUDA? Raramente mudamos por vontade de. A gente já se pegou flando "não faço mais isso ou aquilo". No final das contas, lembro do meu avô "Por vontade, o ´cabôco´ vai; por necessidade, o ´cabôco´ se vira; mas por vergonha, ah, aí sim o ´cabôco´ MUDA!".
    QUANDO SE QUER MUDAR...? É possível. Mas no grosso, é o fluxo dos seus pensamentos e o rumo das suas reflexões. Minha época de imersão em alguns autores provoca mudanças mais drásticas e dolorosas. Sofre-se mais, mas muda-se mais.
    O QUE PODE SER CLASSIFICADO...? Nenhuma mudança é boba. Sempre há consequências. Afinal de contas, nunca se sabe pra onde essa pequena mudanã pode te levar depois.
    HÁ COISAS QUE DE FATO...? Não sei. Não consigo dizer o que é personalidade, índole ou fé perceptiva. O que vc vê só muda se vc mudar a forma como vê. Daí decorre.
    QUAIS SÃO (...) INDEEED? Auto-crítica, auto-crítica, auto-crítica. Ser positivo depende dos seus esforços para tanto.
    HÁ VOLTA? Depende... a volta pq vc amarelou ou a volta pq percebeu que aquilo não funcionou? Tem toda diferença do mundo!!!
    TEMOS ESCOLHA...? Se vc está largado(a), talvez não. Se vc não direcionar algumas de alguma forma, então é só reflexo do tempo e das cacetadas da vida. Culpa cristã e punição/recompensa, de forma geral.
    O QUE MUDOU (...) POR QUE MUDOU? Um comportamento; naquele momento; por que te pareceu apropriado e necessário. Não há relação causal entre o velho comportamento e esse. Só na sua cabeça, que foica tentando criar vínculos entre atitudes. Coisa de ser humano mesmo, sabe???
    Correr atrás do rabo é cortrer na periferia do tornado da reflexão profunda. Enquanto não se joga nele, não passa de perfumaria. E Janis, vc sabe do que estou falando...

     
  • Às 3:12 PM , Blogger Puta Véia disse...

    Em tempo ainda... esse lance do bloquinho ao lado da cama é neurótico, mas útil. Certa vez tive um sonho em que havia inventado um produto simples, mas revolucionário, que tinha melhorado a vida do mundo e me feito rico... e o sonho era bem detalhado sobre esse produto. Acordei no meio da noite e, acreditando que jamais esqueceria aquilo, voltei a dormi.
    Bem, hj só me recordo do evento... e nada do produto. O bloquinho teria me feito rico e o mundo um lugar melhor.

     
  • Às 7:10 PM , Blogger Burocrata disse...

    hahahaha só em sonho mesmo!

     

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