Sentado na dúvida, coletando opiniões
Teve uma época que eu achava puta legal a idéia de ser o rockstar. Eu não tinha crítica. Pensamos no clip, na farra, mulheres, drogas e muita grana. Deve ser um inferno. Não há privacidade, você não sabe quem é ninguém, todo mundo sabe quem é você e dependendo do tipo de música que você faz, seus fãs ultrapassam os limites da selvageria. Enfim. Tudo isso rapidamente ficou claro lá pelos dezesseis anos depois de meia dúzia de ensaios que ficaram empacados em uma única música, lá com a primeira bandinha. Depois do ensaio, no bar, um dos caras manda algo como "A gente ficou puto, imagina o Keith Richards que toca Satisfaction 300 vezes por ano há 40 anos!!!"... seguido pelo infalível "Pode crer" coletivo.
Sem novidade. Todos atinamos pra isso.
Esses dias porém me deu uma puta aversão de ouvir música, ou de ouvir a maior parte das músicas que geralmente eu ouço. Tudo me aborreceu. E isso teve um start num momento muito claro. Foi uma convergência, mas foi interessante. Aproveitem pra rir.
Por um motivo que não vem ao caso, fui com meu comparsa de costume tomar uma birita na noite e caímos num boteco onde se tocava Moda de Viola. Eu adoro Tião Carreiro e os caipiras mais antigos. Como eu e o Tequila cantamos uma dúzia de modas há algum tempo, pensamos em bater um papo com o dono e tocar no boteco: sem esperanças, já que a maior parte do pessoal toca as coisas mais recentes, que pra mim, passam longe da música caipira. Mas vá lá. Just for fun e algumas brejas num meio de semana, geralmente morto.
Lá fomos e tocamos das antigas. Deu certo. Ganhamos quase três vezes mais do que costumeiramente ganhamos com Doors e Pink Floyd. No final, o dono perguntou se a gente tocava Trio Parada Dura (do qual também sou muito fã - principalmente por ter a segunda voz mais encrencada do oeste!) e eu disse que sim, apesar de não. Mas eu ensinava o comparsa e tudo daria certo.
Lá fui eu procurar uma ou outra moda dos caras e caí no youtube. Pois não que estão de novo na ativa? E com direito a ter Telefone Mudo de volta às paradas. Muitas duplas novas e uma despontando... pois aí foi o mal feito. Uma dessas duplas novas tem milhões de ocorrências no youtube. Coloquei o nome dos caras e foi uma avalanche. Dia tal tocaram em não sei onde, no dia seguinte, duzentos km adiante, no outro dia mais não sei quantos km de viagem em outro lugar, no outro dia, dois shows. E é claro que no youtube tinha a mesma música em todas essas ocorrências. Até aí, sabemos como é... mas...
Numa dessas tinha uma entrevista dos caras no programa do Jô Soares. Simpáticos, solícitos, uma ou outra piadinha. Mais adiante no youtube, eles na mesma semana no Serginho Groisman. A mesma simpatia, a mesma solicitude, e as mesmas piadas. Uns dias depois, os caras no Faustão, na Hebe, no Raul Gil e em mais uma dúzia de programas. A mesma música e as piadas. Num desses programas, não por acaso o mais antigo de todos, eles mostravam muito mais entusiasmo e vontade de cair na estrada. No programa mais recente, lançando o disco novo, o script.
Isso em deu uma sensação de opressão absurda, principalmente depois que eu extrapolei pra todo o espectro da música que eu ouço regularmente. Onde todos os caras conhecidos foram parar? Quantas anedotas não existem sobre momentos em que os caras se encheram daquilo e despirocaram, com drogas, com projetos paralelos e até caindo fora do meio artístico!!! Como se reinventar nesse meio? Afinal de contas, muitos deles foram/são músicos criativos e produtivos, mas passavam a maior parte do tempo só reproduzindo. Como não expresar a criatividade quando sé é criativo? Como suprimir a criatividade em prol da mesmice? Concordo que deve ter muito pangaré que deve estar pensando em tudo, menos em música. Mas e os caras que realmente sempre pensaram em arte? Como manter a coisa no status de arte - sendo arte exclusivamente como forma de manifestação - sem se perder no torvelinho das obrigações contratuais e da repetição de scripts? Quantos causos me vieram à mente!!!
Os Beatles não conseguiam tocar ao vivo por causa da histeria. Foram parar no topo de um prédio. O Hendrix se encheu de fazer o de sempre e surtou num programa da BBC, parando no meio "o de sempre", o Tony Iommi fazendo cara feia pro Ozzy quando este, já muito desafinado abandonava a letra de Paranoid, tantos caras que largaram bandas estourando pra ir fazer outras coisas, tentar projetos novos, amargando o ostracismo, não por falta de qualidade. Tantos exemplos. E eles estão envelhecendo e começando a contar as histórias daqueles tempos, mezzo reminiscência, mezzo justificativa. Achei que de certa forma isso escancarava a loucura da droga pra agüentar o tranco e até - por que não - ser um reforço do que era que se queria quando se começou aquilo. Mas onde desandou?
Comecei, em pânico, a procurar nos discos esse momento. E em tantas bandas é tão claro!!! E olhando retrospectivamente, conhecendo a história das bandas, dá pra perceber quantas delas sequer tiveram um momento de sinceridade. Anos setenta viu a reação punk. Vendida. Anos oitenta percebeu que valia a pena fazer música dolosa - pra vender mesmo - e seguindo a trilha dos "vitoriosos" (sobreviventes?), fizeram escola. Anos noventa com nova reação, rápido e devidamente empacotado para consumo, não sem trocar o sucesso por alguns suicídios aqui e acolá, apareceram alguns. Novo milênio, internet, antigos se reunindo pra levantar um grana, novos morrendo na praia e entupindo o MySpace. Onde foi parar a arte? Onde foi parar a espontaneidade? Meu amigo Schumacher me convidou pra irmos em alguns shows esse ano e não tive a menor vontade de ir em um sequer. É como ver um trabalhador na linha de produção. Quem não está assim? Os movimentos no palco, a careta na hora do solo... tudo no script.
Voltei a ouvir as coisas desconhecidas, as esquecidas e os degredados. Alguns tiveram coragem de não aceitar convites dos Stones pra poder criar em paz e não usar cabresto e passaram a vida tocando em botecos, mesmo que tenham muitas vezes tenham sido headliners em lugares de gabarito.
Sei lá... passei a ter mais admiração e respeito pelos caras que saíram de bandas e desencanaram. Passei a gostar mais das coisas genuínas. Ouvi Stooges de outra forma, Dust, antes de ser o core dos Ramones, e senti pena de ver caras bons presos na bola de ferro anos depois!!! Ou caras que gostam do que fazem, gostavam dos sons, mas devem seguir certos scripts pra se reerguer, ou tendo que chamar amigos vendidos pra dar uma mão. Me deprimiu e me fez rever muito do que sempre gostei e de como encaro a coisa toda. É foda agüentar o tranco. É foda estar lá e não dançar conforme a música.
Enfim... como os convivas vêm isso? Será que os que caíram fora só foram trouxas ou fracotes, ou de fato eles tiveram peito de largar aquilo que pra maioria é o nirvana e pra eles era o inferno?
De cá, ainda contemplo. E não sei se chegamos a algum lugar. Mas me ocorreu. E de novo me manda pros recônditos da internet em busca de coisas interessantes, mesmo que sejam poeirentas, ou que fizeram outros arrotarem o que não era deles, desde que sejam autênticas (ou ao menos pareçam).
Sem novidade. Todos atinamos pra isso.
Esses dias porém me deu uma puta aversão de ouvir música, ou de ouvir a maior parte das músicas que geralmente eu ouço. Tudo me aborreceu. E isso teve um start num momento muito claro. Foi uma convergência, mas foi interessante. Aproveitem pra rir.
Por um motivo que não vem ao caso, fui com meu comparsa de costume tomar uma birita na noite e caímos num boteco onde se tocava Moda de Viola. Eu adoro Tião Carreiro e os caipiras mais antigos. Como eu e o Tequila cantamos uma dúzia de modas há algum tempo, pensamos em bater um papo com o dono e tocar no boteco: sem esperanças, já que a maior parte do pessoal toca as coisas mais recentes, que pra mim, passam longe da música caipira. Mas vá lá. Just for fun e algumas brejas num meio de semana, geralmente morto.
Lá fomos e tocamos das antigas. Deu certo. Ganhamos quase três vezes mais do que costumeiramente ganhamos com Doors e Pink Floyd. No final, o dono perguntou se a gente tocava Trio Parada Dura (do qual também sou muito fã - principalmente por ter a segunda voz mais encrencada do oeste!) e eu disse que sim, apesar de não. Mas eu ensinava o comparsa e tudo daria certo.
Lá fui eu procurar uma ou outra moda dos caras e caí no youtube. Pois não que estão de novo na ativa? E com direito a ter Telefone Mudo de volta às paradas. Muitas duplas novas e uma despontando... pois aí foi o mal feito. Uma dessas duplas novas tem milhões de ocorrências no youtube. Coloquei o nome dos caras e foi uma avalanche. Dia tal tocaram em não sei onde, no dia seguinte, duzentos km adiante, no outro dia mais não sei quantos km de viagem em outro lugar, no outro dia, dois shows. E é claro que no youtube tinha a mesma música em todas essas ocorrências. Até aí, sabemos como é... mas...
Numa dessas tinha uma entrevista dos caras no programa do Jô Soares. Simpáticos, solícitos, uma ou outra piadinha. Mais adiante no youtube, eles na mesma semana no Serginho Groisman. A mesma simpatia, a mesma solicitude, e as mesmas piadas. Uns dias depois, os caras no Faustão, na Hebe, no Raul Gil e em mais uma dúzia de programas. A mesma música e as piadas. Num desses programas, não por acaso o mais antigo de todos, eles mostravam muito mais entusiasmo e vontade de cair na estrada. No programa mais recente, lançando o disco novo, o script.
Isso em deu uma sensação de opressão absurda, principalmente depois que eu extrapolei pra todo o espectro da música que eu ouço regularmente. Onde todos os caras conhecidos foram parar? Quantas anedotas não existem sobre momentos em que os caras se encheram daquilo e despirocaram, com drogas, com projetos paralelos e até caindo fora do meio artístico!!! Como se reinventar nesse meio? Afinal de contas, muitos deles foram/são músicos criativos e produtivos, mas passavam a maior parte do tempo só reproduzindo. Como não expresar a criatividade quando sé é criativo? Como suprimir a criatividade em prol da mesmice? Concordo que deve ter muito pangaré que deve estar pensando em tudo, menos em música. Mas e os caras que realmente sempre pensaram em arte? Como manter a coisa no status de arte - sendo arte exclusivamente como forma de manifestação - sem se perder no torvelinho das obrigações contratuais e da repetição de scripts? Quantos causos me vieram à mente!!!
Os Beatles não conseguiam tocar ao vivo por causa da histeria. Foram parar no topo de um prédio. O Hendrix se encheu de fazer o de sempre e surtou num programa da BBC, parando no meio "o de sempre", o Tony Iommi fazendo cara feia pro Ozzy quando este, já muito desafinado abandonava a letra de Paranoid, tantos caras que largaram bandas estourando pra ir fazer outras coisas, tentar projetos novos, amargando o ostracismo, não por falta de qualidade. Tantos exemplos. E eles estão envelhecendo e começando a contar as histórias daqueles tempos, mezzo reminiscência, mezzo justificativa. Achei que de certa forma isso escancarava a loucura da droga pra agüentar o tranco e até - por que não - ser um reforço do que era que se queria quando se começou aquilo. Mas onde desandou?
Comecei, em pânico, a procurar nos discos esse momento. E em tantas bandas é tão claro!!! E olhando retrospectivamente, conhecendo a história das bandas, dá pra perceber quantas delas sequer tiveram um momento de sinceridade. Anos setenta viu a reação punk. Vendida. Anos oitenta percebeu que valia a pena fazer música dolosa - pra vender mesmo - e seguindo a trilha dos "vitoriosos" (sobreviventes?), fizeram escola. Anos noventa com nova reação, rápido e devidamente empacotado para consumo, não sem trocar o sucesso por alguns suicídios aqui e acolá, apareceram alguns. Novo milênio, internet, antigos se reunindo pra levantar um grana, novos morrendo na praia e entupindo o MySpace. Onde foi parar a arte? Onde foi parar a espontaneidade? Meu amigo Schumacher me convidou pra irmos em alguns shows esse ano e não tive a menor vontade de ir em um sequer. É como ver um trabalhador na linha de produção. Quem não está assim? Os movimentos no palco, a careta na hora do solo... tudo no script.
Voltei a ouvir as coisas desconhecidas, as esquecidas e os degredados. Alguns tiveram coragem de não aceitar convites dos Stones pra poder criar em paz e não usar cabresto e passaram a vida tocando em botecos, mesmo que tenham muitas vezes tenham sido headliners em lugares de gabarito.
Sei lá... passei a ter mais admiração e respeito pelos caras que saíram de bandas e desencanaram. Passei a gostar mais das coisas genuínas. Ouvi Stooges de outra forma, Dust, antes de ser o core dos Ramones, e senti pena de ver caras bons presos na bola de ferro anos depois!!! Ou caras que gostam do que fazem, gostavam dos sons, mas devem seguir certos scripts pra se reerguer, ou tendo que chamar amigos vendidos pra dar uma mão. Me deprimiu e me fez rever muito do que sempre gostei e de como encaro a coisa toda. É foda agüentar o tranco. É foda estar lá e não dançar conforme a música.
Enfim... como os convivas vêm isso? Será que os que caíram fora só foram trouxas ou fracotes, ou de fato eles tiveram peito de largar aquilo que pra maioria é o nirvana e pra eles era o inferno?
De cá, ainda contemplo. E não sei se chegamos a algum lugar. Mas me ocorreu. E de novo me manda pros recônditos da internet em busca de coisas interessantes, mesmo que sejam poeirentas, ou que fizeram outros arrotarem o que não era deles, desde que sejam autênticas (ou ao menos pareçam).
30 Comentários:
Às 9:30 PM , Puta Véia disse...
Passei por essa onda de buscar a excencia das coisas, de questionar o velho rock envelhecido pelo tempo e pela grana que se faz disso. Me dá dó ver os Stones, foi um pouco assim qdo fui no show do Jethro Tull em 2000 com o burocrata e o Niili's, mas desencanei.
A beleza da música é que ela não envelhece.... as pessoas sim, mas a música não piora. O que muda é o que a gente escuta na música.
Mas concordo que ver um ao vivo de uma banda que vc não sente aquele tesão por estar ali tocando é foda.... sentir a burocracia músical é uma das coisas mais broxantes. Mas não dá pra ser bom pra sempre, o tempo age sobre a mão e a voz de cada um e assim que tem que ser as coisas.
Por isso Jimi, Beatles e Led ficaram pra história, foi pq não tiveram a oportunidade de se estragar (musicalmente eu digo, pq o corpo foi pro saco).
E respondendo o começo do post, tb tinha o sonho de ser rockstar, mas nunca me via um rockstar velho, um Paul Mcartney da vida... só conseguia me imaginar na putaria, as horas e horas de festa e na zoação. Nem pensava tanto na música, mas sim na imagem trazia consigo. Talvez se tivesse levado a vida a sério, hj seria um aposentado musical ou um MMW da vida.
PS: E o Alice in chains no post foi triste. Vocalista morto não dá pra repor
Às 12:27 PM , Anônimo disse...
Vou confessar que isso me incomoda também, é muito perceptível quando uma banda comeca a virar trampo chato, e pior é que isso é muito natural. Quando a coisa deixa de ser diversao pra virar obrigacao, toda a qualidade cai. Uma vez li que o vocalista do Type O Negative (acho uma bosta) dizendo que queria ter banda até os 30 e poucos porque rock and roll é coisa de muleque, e ele ta certo! A coisa mais difícil do mundo é envelhecer com dignidade no rock and roll, pouquissimos conseguem, a maioria vira Seguei da vida, é como a PV falou, Beatles e Led terminaram na hora certa, assim como o Pelé, e viraram lenda merecidamente. E eu como mero ouvinte também passo por isso, nao consigo dar muita bola pra maioria das bandas novas, elas me parecem tao... adolescentes! Nao desce.
Agora pro Armless: já que vc esta buscando dignidade artistica no rock and roll te recomendo ver o documentario DIG e depois baixar todos os discos do Brian Jonestown Massacre. Música verdadeira salta aos olhos, nao tem jeito.
Às 8:13 PM , Puta Véia disse...
podis cre.... Brian Jonestown Massacre é o que há de música pela música!!!
E sacanagem esquecer do Dandy Warhols no documentário. Só pq o Dandy é pop não quer dizer que não é importante no filme.
Armless, esse eu faço questão de gravar pra vc ver. Só que só achei legenda em inglês, o que dificuldou muito pra eu entender.
Às 10:59 PM , Anônimo disse...
Aceito de bom grado!!! As legendas a gente vai se virando... :o)
Terminei de baixar um disco deles chamado "Tepid Peppermint Wonderland" que era mais disponível. Em breve mando um review.
Às 11:15 PM , Anônimo disse...
BJM é killer. tomara que o armless goste, mas acho que não. vou bolar uma coletaneazinha deles, subir pralgum rapidshare e mando o link depois.
não vi os vídeos linkados, mas li o texto por cima e quero dar uns pitacos, numa boa.
sobre essas bandas antigas que voltam, sobre essas que nunca vão... sempre por causa de dinheiro. puta que pariu! ô coisinha desgraçada esse tal de dinheiro.
(uma coisa feia que não combina com a arte!)
até ontem eu não sabia, mas o van gogh morreu paupérrimo, sem vender quase nenhum um quadro na vida. isso é muito triste, por mais que a gente acredite que muito de sua arte seja fruto desse sofrimento.
(arte é trabalho. trabalho é arte?)
ao que me parece, ninguém aqui trabalha com arte, ao menos não faz dela sua atividade principal. por mais simples e desprendidos que sejam, acho difícil acreditar em alguém que não espera melhorar, que seja um pouco, a cada ano.
(já viram como são tristes esses hippies que vendem uns trampos na paulista? fazem arte os hippies?)
eu acho que não.
quanto mais gente conseguir se dar bem fazendo o que escolheu, melhor. por exemplo: o cara que inventou a coca-cola, não teria o direito de explorá-la a vida toda? não só ele, mas todas gerações seguintes.
(fez arte quem inventou a coca-cola? pode a arte ser reproduzida... industrialmente?)
eu acho que sim.
de modo que eu acho tão sem graça e, mais que isso, acho tão inócuo neguinho ficar xoxando essas bandas antigas que deviam ter acabado, quando tudo o que você pode fazer é não ir aos shows e não comprar os discos. porque essas bandas vendem muito e não precisam de nós.
porque o que muitas delas fizeram é grandioso, excepcional - por mais remoto que seja. então os caras têm todo direito reviverem, requentarem, aproveitarem o que criaram.
Às 11:18 PM , Anônimo disse...
...todo direito de reviverem, requentarem, aproveitarem o que criaram.
Às 1:01 AM , Anônimo disse...
BJM Killer_150608
1_super-sonic
2_telegram
3_free and easy_take 2
4_neverthless
5_if love is the drug then i want to o.d.
6_whoever you are
7_let's pretend it's summer
8_donovan said
9_nothing to lose
10_whatever hippie bitch
11_prozac vs heroin_revisited
12_no. 1 hit jam
13_anenome
*****
o legal de fazer uma coletânea do brian jones é que ela pode sair de mil jeitos e sempre vai ser foda.
13 songs_keep music evil
https://download.yousendit.com/A601E71530A3AEE6
Às 12:25 PM , Anônimo disse...
baixa ai Amrless, eu ja baixei!
Às 10:12 PM , Puta Véia disse...
Junto eu juntaria a mais uma porrada
All around you
Not If You Were The Last Dandy
Let me stand next to your flower
It Girl
Sailor
When Jokers Attack
Open heart surgery
That Girl Suicide
Going to Hell
Free
Here It comes
Puta que pariu, tem muita musica boa.
E viva o Lexapro!!!!!
Às 8:07 PM , Anônimo disse...
Sei que vou ser malhado, mas não há o que se fazer. Não tem jeito... gostei bastante (acertou na mosca, N.), MAS não achei nada estratosférico. E nem vou nos detalhes. Com todo respeito, mas não é muito diferente da situação do Wolfmother. Podem ter mexido no visual, colocado umas letras com roupagem mais recente, mas é substancialmente a releitura de um mix de Byrds/Buffalo Springfield/Jefferson Airplane, pra citar alguns. Do andamento com violão aos timbres das distorções e todo o clima da música.
E só depois de escrever isso que eu fui dar uma sapeada na wikipedia... que pra minha surpresa, mostra um pouco do que disse sobre influências e concepções.
E assim, eu deixo uma pergunta: como lidar com influências? Como fazer algo novo sem que a influência dê as caras excessivamente? Releituras? Blends (como é o caso do BJM)?
Sinceramente, preferia ouvir os caras com alguma coisa "na mente". Mas ainda não foi possível...
Às 7:18 PM , Anônimo disse...
Certo, vc pode identificar as influencias do BJM, logicamente o som deles é muito 60, mas ai te pergunto: é mais fácil "ser influenciado" pelos anos 60, onde quem nao tinha boas melodias nao sobrevivia ou "ser influenciado" pelo dream theater e fazer um monte de escalas e tempos dificies e chamar de música? Pra mim o que conta é a musicalidade, por isso (e mais um monte de coisas) os Beatles sao insuperáveis. E nesse quesito o BJM também é foda! Agora vc pega o Wolfmother e analisa, o que fazem eles? Pegam uns timbres cruzoes de guitarra plugada no Marshall, vocal agudao, levada hard 70 e etc e tal, mas o que vc me diz da musicalidade deles? Será que nao está disfarcada na roupagem anos 70 que o povo do rock gosta tanto? Sweet Dreams do Eurythmics tem uma melodia muito boa, mas a roupagem é New Wave Teknopop, e se fosse com uns timbres Jimmy Page, nao ficaria melhor? É a mesma coisa quando escuto o Holandes Metal dizer que queria fazer uma versao heavy metal de uma musica do Aha. O BJM tem roupagem 60, mas o corpinho ta debaixo da roupa é um tesao!
Às 11:53 PM , Anônimo disse...
Bom, penso que falarmos de musicalidade e melodias é uma percepção estética. Mas a batida de um eletrônico ou a crueza do timbre também não são linguagens? Ora, são formas de expressão, como eu disse sobre o Ramones. Concordo com vc sobre o Dream Theater e as escalas subindo e descendo; mas o eletrônico tb não é um metrônomo com barulhinhos mesclados aqui e ali? Onde está a musicalidade? Seja qual for a percepção, e veja que meu exemplo é só pra fazer a contraposição em estilos que vc conhece bem, B., não quero futricar, mas o caso é que seja qual for a música, há ouvidos que a apreciam por algum motivo. Ainda que sem muito propósito, sem muita alegria, com escalas demais, com pancadas demais, com musicalidade de menos, mas no final, depende de como no final chamamos as coisas e não necessariamente como tratamos as coisas mesmas.
Às 11:44 AM , Anônimo disse...
john, esse seu argumento é tão sonso e ao mesmo tempo tão perfeitinho que com ele você consegue até glorificar a sandy jr.
Às 1:06 PM , Anônimo disse...
Ué, música não é percepção? Se a sua percepção só consegue alcançar Sandy e Jr, o que se fazer? Por outro lado, se a sua percepção não consegue se sujeitar a QoTSA, o que se fazer? Num post aí vc disse que eu tinha ouvido muito seletivo. Tb acho e não vejo problema nisso. Depende da sua educação musical, se vc toca um instrumento, se teve educação musical formal, que música ouviu na juventude, que músicas tocavam na sua casa, se teve um primo "metaleiro", se seus amigos ouviam outras músicas, se teve amigos, se não teve amigos, o que teve que tocar na sua primeira banda, se só ouve a música, se escolhe a música que quer ouvir, se ouver qualquer coisa sem pensar a respeito, se pensa demais naquilo que está ouvindo. De coração, a maior parte da música que se fez nos últimos 20 anos pra mim não é digna de nota. Tem me incomodado ver que muitas das linguagens estão esgotadas e que aos poucos se chega a becos sem saída de expressão e forma. Mas o gosto dos convivas não coaduna com isso. Como vou discutir?
Então, contemporizo, ainda que correndo o risco de ter argumentos sonsos pra me manter nos tons de cinza sem radicalizar, mesmo que isso não seja da minha índole.
Às 5:32 PM , Anônimo disse...
armless john:
você não é digno de nota, me desculpe.
Às 6:37 PM , Anônimo disse...
Eu vivo em paz com a minha insignificância, anônimo. E vc, vive bem com a sua?
Às 7:57 PM , Anônimo disse...
tão em paz que até virou blogueiro...
Às 11:24 PM , Anônimo disse...
É impressionante... a discussão vai bem, o nivel sobe, as pessoas parecem se entender e se respeitar, até que alguem perde a mão: vcs falavam de música, Niili's (assunto que não me atrevo a comentar aqui), pra quê agredir John???
E não, não estou defendendo ninguem (até porque não preciso fazê-lo), só queria entender por que não manter o alto nivel, sem ataques descomedidos e desnecessários!!!
Às 11:45 PM , Anônimo disse...
Sabe, N., às vezes tenho vontade de te conhecer pessoalmente. Convivi com o B. por algum curto tempo, e até onde conseguia depreender, a contato sempre foi amigável, mesmo que discordemos de muitos pontos de vista. Infelizmente, com a PV, foi um único contato, que se me lembro bem, não foi dos mais edificantes, mas nunca me esquivei de nos encontrarmos pra tomar um breja como nós mesmos e não como personagens.
Pra mim, o John só existe por que gosto do contato com os convivas, mesmo que ele seja exasperante algumas vezes. Tenho canais muito mais exuberantes, eficazes e produtivos de trocas de idéias com seres humanos reais, personagens e indefinidos. Mas não tenho legado. Sei que não sou acessível na maior parte do tempo. E sei que não passarei de uma lembrança em bem pouco tempo. Mas tb sei que não passamos completamnete incólumes, mesmo que por um período curto na vida alheia - prinipalmente nos interessados nas nossas palavras.
Mas, como diria um grande psicólogo dos meu convívio estreito, quem tem amigos não precisa de terapeuta.
Por isso, N., minha insignificância não me incomoda. Passo aqui por aprêço aos convivas e às palavras que leio deles esporadicamente. E isso não deveria valer? Acho a net uma merda a maior parte do tempo. Mas sabendo o que tirar dela com clareza, por que não? E vc, N., vive em paz com a sua insignificância?
Às 3:45 PM , Anônimo disse...
"Queremos que tudo se exploda e não queremos explodir juntos. Não estamos aqui para sermos atacados, somos nos (sic) que atacamos."
viveriam em sonho os blogueiros?
sobreviveriam sem a caixa de comentários?
Às 11:42 AM , Anônimo disse...
... o de sempre...
Sabe, B., não é à toa que eu nunca consegui me dar bem com os caras do 98N... e não é à toa que tantas desandanças aconteceram nas vezes em que tentei. E vc sabe bem do que eu falo...
N., consegue um argumento decente e a gente volta à baila, ok?
Às 2:04 PM , Anônimo disse...
beastie boys
nirvana
radiohead
queen of the stone age
medeski marin & wood
pj harvey
brian jonestown massacre
Às 10:25 PM , Anônimo disse...
armless john, você é o cara mais chato que eu conheço via internet. beijo.
Às 7:18 AM , Anônimo disse...
Finalmente um elogio pra esse lombo miserável... obrigado, minha Deusa!!!
Às 9:59 PM , Anônimo disse...
hahaha que merda é essa?
Armless, nao entendi o que dissestes sobre o 98N.
Às 10:36 PM , Anônimo disse...
Pô, B., vc tava na casa do prof quando o caldo entornou pela última vez... mas talvez a gente precise de algumas geladas pra escafunchar algumas historinhas...
Às 7:28 PM , Anônimo disse...
Mas o que esse episódio tem a ver com a discussao? Vc quer dar um golden shower no Nillis também? hahaha
Às 8:09 PM , Puta Véia disse...
I love this game!!!
Às 12:24 PM , Anônimo disse...
Explicando: é não se ver parte do ambiente. Ou ainda, não comungar.
Quanto a um golden shower, me arrependo de não ter mandado a caneca na cara do sujeito. Mas aí seria um desperdício ainda maior do que um reles gole quente de chopp...
Às 1:08 AM , Anônimo disse...
realmente...
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