Faça-me o Favor!

Não nos responsabilizamos por mudanças súbidas de humor ou apetite, ofenças pessoais ou sentimentos inibidos que aflorem de quem por descuido venha a ler isso aqui. Queremos que tudo se exploda e não queremos explodir juntos. Não estamos aqui para sermos atacados, somos nos que atacamos. Ficamos em cima do muro mesmo, atirando pedra em quem passar em baixo, independente do lado.

sexta-feira, setembro 29, 2006

Paulicéia carente

Conversando com um brother meu vi o quão carente é esse povo de São Paulo... esse povinho que eu teimo em não ser, com a já conhecida vidinha casa-trabalho-casa-caixão. Esse povo que vive pra trabalhar. Hoje não quero ficar entrando no mérito do trabalho, mas na carência desse povo que só trabalho.
A vida da pessoa é o trabalho..., lógico, chega as 8:00 e sai as 19:00. Perde 2 horas no trânsito, 1 no banho, comendo e cagando, mais 1 na TV (afinal de contas, tem que se manter informado) e 15 minutos por semana no sexo. A carência pesa depois de uns 6 meses nessa vida, e neguinho acha que o trabalho é a sua vida, logo seus amigos de trabalho são só os amigos que tem.
Vocês que trabalham, cuidado com os "churrascos" do trabalho, os happy-hours de quinta-feira (pq sexta é dia de viajar) e principalmente, repito... principalmente os almoços. Pra quem quer subir na carreira, isso é indispensável, inclusive cientificamente comprovado por uma pesquisa do governo escocês (http://www.moun.com/Articles/aug2003/8-11-12.htm)... pra quem pretende manter um nível de inteligência, aconselho o afastamento total.
E paulistano rejeitado é uma puta frenética, vingativo pra dar com o pau. Parênteses para um caso real: Eu resolvi morar perto do trabalho principalmente 2 coisas, menos tempo no trânsito (ou quase nenhum, já que venho apé até a Av. Paulista) e pra almoçar em casa e não precisar mais ter que ir com o povo do trabalho. Pois bem, 7 meses depois do abandono, esse povo rancorozo veio me confidenciar sua insatisfação. "Você ficou egoista de um tempo pra cá" afirmou o carente... aproveitei o ensejo pra falar aquilo que queria "egoista eu sempre fui, só que agora não preciso mais ficar fingindo". Meu network, que nunca conseguiu ser lá muito coisa (pq na faculdade eu detonava todo mundo, e no trabalho não fico puxando saco), está no ponto mais baixo. Se por acaso perdesse esse emprego, teria que procurar outro honestamente, e não pedindo indicações.
É isso, só queria falar que paulistano é um bicho naturalmente carente, potencializado pela rotina que ele adora. Esse mesmo brother do começo do post eu fiquei mais de 1 ano sem falar com ele, e isso que ele morava a 1 Km de casa... agora a gente tá conversando com mais frequência e aparentemente sem ressentimentos. Gente do interior sabe dar mais valor as pessoas, e também sabe que uma distância não é o fim do mundo

6 Comentários:

  • Às 7:05 PM , Anonymous Anônimo disse...

    Neurose, neurose, neurose... nem sei sé tanto carência ou loucura, acho mais é que a coisa é algo como uma mitologia urbana e social que cria um "Ser" meio etéreo e nebuloso que impele o pessoal a uma busca de algo que nem eles mesmos sabem bem o que é. A sensação que dá é que esse pessoal não relaxa nem depois que goza... mesmo por que não goza...
    Vá se saber... povo estranho.

     
  • Às 12:40 PM , Blogger Puta Véia disse...

    Fiquei pensando nisso no sábado e acho que entendi essa carência.... tem a ver com o estilo de criação. Nós interioranos sempre almoçamos com nessas famílias, pq nossos país tem tempo para ir almoçar em casa... por isso lá restaurante nunca deu certo.
    Paulistano tem a figura dos país ausentes, pq pra botar comida na mesa, os pais tem que ficar longe dela. Os caras cresceram sem a figura paterna à mesa, logo precisam de algum jeito preencher esse vazio.
    Por isso não damos muita importância a almoçar com os "colegas de trabalho". Por isso eles dão tanta importância

     
  • Às 6:18 PM , Blogger Burocrata disse...

    Eu deveria ter almoçado com gente mais importante, talvez assim não teria perdido o emprego....

     
  • Às 8:21 PM , Anonymous Anônimo disse...

    Ainda não sei se é o lance da família. Acho que o caipira não tem aquele "rush"... claro que tudo interfere, mas de uma forma, ir almoçar com o pessoal d o trabalho é uma necessidade de estar perto de quem é assunto, e tb uma forma de não virar assunto, não ser anti-social, participar do ambiente e compartilhar aqueles valores minúsculos, falar das proezas, dos desejos fúteis e competir pra ser mais daquilo que todos são. Tá aí... declarar que faz parte daquilo e que participa dos rituais daquele ambiente. Dá pra explorar infinitamente o assunto.

     
  • Às 3:29 PM , Blogger Puta Véia disse...

    Mas na época de faculdade, não me lembro de interioranos combinando pra almoçar... cada um ia almoçar em sua casa.
    Mas algumas vezes iamos juntos com os caras da capitar pra lanchar.
    PS: só vale pra curso matutino

     
  • Às 6:15 PM , Blogger Burocrata disse...

    Vcoê acha que caipira é a coisa mais linda do mundo, e não é não, é tão pequeno quanto o povo da capitar só que em uma outra esfera. Quanto ao lance das relações socuiais no trabalho acho que podemos resumir tudo como política, é preciso ser político para sobreviver, não necessáriamente um bom profissional. Bons profissionais com uma boa política vão longe. O negócio é ser amigo de todo mundo e de ninguém ao mesmo tempo, apenas de si mesmo.

     

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