quarta-feira, janeiro 30, 2008
quarta-feira, janeiro 23, 2008
Das negativas
Sim... eu gostava de New Kids on the Block!!!! E não só isso, mas confesso:
- eu tinha todos os discos do New Kids on the Block;
- eu tinha uma fita de video do New Kids on the Block;
- eu gravava os clips do New Kids on the Block;
- eu tinha um álbum de figurinhas do New Kids on the Block;
- eu montei uma pasta com recortes de revistas do New Kids on the Block;
- eu tinha um quadro no meu quarto do New Kids on the Block.
Nesta mesma época, minha melhor amiga escutava Engenheiros do Hawai, pintava o cabelo de vermelho e queria colocar um piercing no nariz. Eu a chamava de "Ceci Biscoito" e ela me chamava de "Jojoba". Nosso acordo era nunca falar que a outra era um barato porque isso lembrava uma barata. Ela era um fiasco em Desenho Geométrico e eu sofria horrores no Inglês.
Tanto eu como ela gostávamos do mesmo menino: ele era loiro, tinha os olhos azuis, era filho de espanhóis, escutava Nirvana e não dava a mínima pra gente. E nós passávamos horas no telefone tramando planos mirabolantes pra que ele fosse nosso. Tínhamos códigos!!! Tínhamos estratégias de guerra!!! Eu tinha 11 anos e queria ser jornalista. Minha amiga tinha 12 anos e também queria ser jornalista. O menino tinha 11 anos e queria ser piloto de caça.
O New Kids on the Block foi pro vinagre uns 2 anos depois e com eles meus discos, minhas fitas de video, meu álbum de figurinhas, minha pasta com recortes, meu quadro. Mais ou menos na mesma época, o Engenheiros do Hawai também teve a formação desfeita e aos poucos fomos notando como as letras eram péssimas. Quanto ao Nirvana, todo mundo aqui sabe bem o que houve.
O menino dos olhos azuis nunca foi "nosso" – mesmo com todos os planos executados à perfeição - e escolheu ficar com uma das loirinhas bonitinhas do colégio. Ele foi embora pra Espanha anos depois. Minha amiga foi uma das poucas a ir até o Aeroporto se despedir dele. Eu não fui. Soubemos, tempos atrás, que ele estava de volta ao Brasil, fazendo faculdade de odontologia, mas agora já deve estar formado. Eu sou farmacêutica e minha amiga, fisioterapeuta.
Eu e ela ainda nos falamos. Não com a freqüência que gostaríamos mas com a mesma eloqüência de outrora. Não trocamos mais bilhetes, mas recados no orkut. Pagamos nossas contas e damos conta do recado. Ambas escutamos Janis e Doors, amamos nossa família, tomamos muita cerveja e gostamos de tirar fotos. Eu tenho o cabelo vermelho e ela um piercing no nariz.
E não há moral e nem lição ao fim deste relato. É só a vida... e a vida é só....
- eu tinha todos os discos do New Kids on the Block;
- eu tinha uma fita de video do New Kids on the Block;
- eu gravava os clips do New Kids on the Block;
- eu tinha um álbum de figurinhas do New Kids on the Block;
- eu montei uma pasta com recortes de revistas do New Kids on the Block;
- eu tinha um quadro no meu quarto do New Kids on the Block.
Nesta mesma época, minha melhor amiga escutava Engenheiros do Hawai, pintava o cabelo de vermelho e queria colocar um piercing no nariz. Eu a chamava de "Ceci Biscoito" e ela me chamava de "Jojoba". Nosso acordo era nunca falar que a outra era um barato porque isso lembrava uma barata. Ela era um fiasco em Desenho Geométrico e eu sofria horrores no Inglês.
Tanto eu como ela gostávamos do mesmo menino: ele era loiro, tinha os olhos azuis, era filho de espanhóis, escutava Nirvana e não dava a mínima pra gente. E nós passávamos horas no telefone tramando planos mirabolantes pra que ele fosse nosso. Tínhamos códigos!!! Tínhamos estratégias de guerra!!! Eu tinha 11 anos e queria ser jornalista. Minha amiga tinha 12 anos e também queria ser jornalista. O menino tinha 11 anos e queria ser piloto de caça.
O New Kids on the Block foi pro vinagre uns 2 anos depois e com eles meus discos, minhas fitas de video, meu álbum de figurinhas, minha pasta com recortes, meu quadro. Mais ou menos na mesma época, o Engenheiros do Hawai também teve a formação desfeita e aos poucos fomos notando como as letras eram péssimas. Quanto ao Nirvana, todo mundo aqui sabe bem o que houve.
O menino dos olhos azuis nunca foi "nosso" – mesmo com todos os planos executados à perfeição - e escolheu ficar com uma das loirinhas bonitinhas do colégio. Ele foi embora pra Espanha anos depois. Minha amiga foi uma das poucas a ir até o Aeroporto se despedir dele. Eu não fui. Soubemos, tempos atrás, que ele estava de volta ao Brasil, fazendo faculdade de odontologia, mas agora já deve estar formado. Eu sou farmacêutica e minha amiga, fisioterapeuta.
Eu e ela ainda nos falamos. Não com a freqüência que gostaríamos mas com a mesma eloqüência de outrora. Não trocamos mais bilhetes, mas recados no orkut. Pagamos nossas contas e damos conta do recado. Ambas escutamos Janis e Doors, amamos nossa família, tomamos muita cerveja e gostamos de tirar fotos. Eu tenho o cabelo vermelho e ela um piercing no nariz.
E não há moral e nem lição ao fim deste relato. É só a vida... e a vida é só....
quinta-feira, janeiro 17, 2008
Mais uma da série Tostines
E então....
É você quem faz suas escolhas ou são suas escolhas que fazem você?
É você quem faz suas escolhas ou são suas escolhas que fazem você?
segunda-feira, janeiro 07, 2008
Xá pra lá
Fazer balanço do ano que passou e prometer mudanças para o ano que acaba de começar é algo tão batido, mas tão batido, que até a idéia de criticar quem faz esse tipo de coisa não é das mais originais.
O problema desse raciocínio é que ele reduz a cinzas qualquer coisa que possa ser escrita entre o Natal e o meio de Janeiro, até que esse espírito bobo de renovação e a revolta inerentemente a ele associada passem.
O problema desse raciocínio é que ele reduz a cinzas qualquer coisa que possa ser escrita entre o Natal e o meio de Janeiro, até que esse espírito bobo de renovação e a revolta inerentemente a ele associada passem.