Faça-me o Favor!

Não nos responsabilizamos por mudanças súbidas de humor ou apetite, ofenças pessoais ou sentimentos inibidos que aflorem de quem por descuido venha a ler isso aqui. Queremos que tudo se exploda e não queremos explodir juntos. Não estamos aqui para sermos atacados, somos nos que atacamos. Ficamos em cima do muro mesmo, atirando pedra em quem passar em baixo, independente do lado.

domingo, dezembro 30, 2007

Nota de final de ano

Pra bom entendedor, 1 imagem basta




Minha curva glicemica de 30, 60, 90 e 120 minutos

sexta-feira, dezembro 21, 2007

Entrando no Clima das Festividades

"No ano que passou fizemos o possível,
o que acreditávamos, o que era incrível.
botes, submarinos, caravelas,
comunas, castelos, favelas.
A novidade é a incapacidade
de destruirmos a guerra.
Não mudou o sonho,
hora naufragou, hora ficou à deriva.
O ano que passou alimentou o poema.
Poetas voltam ao picadeiro da rua
e gritam: a terra está nua,
a mentira é uma fera solta.
Mas a poesia faz acrobacia,
vira cambalhota e inventa
o novo estratagema:
continuamos apaixonados pela vida
e faremos, ano que vem,
maior e mais forte investida"

(Mario Pirata - Livro da Tribo)

segunda-feira, dezembro 17, 2007

De novo?



I don't want to be your friend

I just want to be your lover

No matter how it ends

No matter how it starts


Forget about your house of cards

And I'll do mine

Forget about your house of cards

And I'll do mine


Fall off the table,

Get swept under

Denial, denial


The infrastructure will collapse

Voltage spikes

Throw your keys in the bowl

Kiss your husband goodnight


Forget about your house of cards

And I'll do mine

Forget about your house of cards

And I'll do mine


Fall off the table,

And get swept under

Denial, denial

Denial, denial


Your ears should be burning

Denial, denial

Your ears should be burning

Denial, denial


Fonte: "House of Cards" do genial disco novo do Radiohead

Questão de Estilo (inspirado pela Martha Medeiros)

Agora que tá chegando o Natal, me pego forçosamente assistindo "reclames" na TV. E então que eu acho a maior graça nesses anúncios (e até mesmo reportagens) que segmentam as pessoas por estilo, pra mó de facilitar a escolha de presentes, sabem como é? Para o pai esportista, para a mãe que vive correndo, para o namorado poliglota, para a namorada hare-krishna... e você, qual é o seu estilo?

Tempos atrás eu já havia me feito esta pergunta e o que tenho a dizer é que o meu estilo é o urbano-nacional-moderno-casual-roqueiro-elétrico-eclético-amigo-viajante-racional-romântico-inteligente-pequenoburguês/pseudocomunista-divertido-mutante-cultural-paulista-caseiro-noturno-hiponga-digital-calesdoscópico. Assim, seja lá qual for o presente que você me der, vai acertar na mosca.

Chegar a esta definição não foi bolinho, não!! Mas necessário frente a uma eterna insatisfação pessoal por nunca encontrar um grupo alvo no qual a identificação fosse imediata - e correta. E depois de perceber que nunca cheguei a fazer parte de nenhuma tribo (os nerds, os punks, os alternativos, os atletas, os góticos, as patricinhas, os yuppies, os populares, os jogadores de RPG), percebi que a pluralidade talvez seja a minha definição de estilo!! Mais do que tudo, isso se dá porque acredito que qualquer estilo que a gente cultive é farsa. Impor um rótulo a si mesmo é o que de pior podemos fazer.

Assim... a gente se acostuma a privilegiar um lado acentuado que temos - workaholic, por exemplo - e nos apresentamos ao mundo como tal. Vale para outras "etiquetas": surfista, rato de biblioteca, perua, maconheiro, seminarista. É atrás de uma dessas máscaras que você se esconde, caro leitor? Pois há workaholics viciados também em seriados americanos e pipoca doce; surfistas que ficam ótimos de terno e gravata e guardam embaixo da cama pilhas de livros sobre as grandes guerras; ratas de biblioteca que passam a noite dançando funk com um grupo da pesada e contam ótimas piadas de duplo sentido; peruas que praticam natação quatro vezes na semana e assistem filmes de terror; maconheiros que trabalham 14 horas por dia em mesas de investimento e são obsessivos compradors de produtos eletro-eletrônicos; seminaristas que levam no braço uma tatuagem de um dragão chinês e que não falam com a família há anos: que estilos são esses?

É o estilo que eu mais adoro: faço-eu-mesmo. É o cara que não criou um estilo, ele é o estilo. Não há influência de revistas, modismos ou tendências. Ele é o estilo-contradição, estilo-surpresa, estilo-sem-estilo. Acho que foi Aristóteles (olha eu fazendo o estilo intelectual) que disse que estilo não existe, que o estilo é uma emancipação do seu próprio ser. Ou você tem um estilo próprio, que forçosamente será múltiplo - como é a nossa essência verdadeira - ou você adota um estilo, e ele será monótono e nauseante.

Estilo bom é estilo exclusivo, inclassificável. Ou você deixa ele nascer naturalmente em você ou passará ganhando os mesmos presentes a vida inteira. O meu estilo? É foda-se.

segunda-feira, dezembro 10, 2007

Pseudo-conformismo

Não se preocupem, ano que vem tem mais.

(Enfim, isso é válido pelos próximos 5 bilhões de anos, até que o Sol exploda como gigante vermelha, englobe a Terra e torne com isso a definição atual de "ano" um tanto quanto obsoleta. Mas em todo caso fiquem tranqüilos, 5 bilhões de anos é tempo mais que suficiente para corrigir qualquer coisa que por ventura tenha falhado em 2007.)

Understanding (pinche) México - Parte 2



Se voce quer realmente ser respeitado precisa dominar a linguagem das ruas, por isso nao basta saber español, é preciso conhecer o.....


Dicionário de gírias Mexicanas (em ordem de lembranca)


Wey: cara, meu (amplamente usado, assim como o "cara" em portugues)


Fresa: playboy (Obs.: no México é legal ser playboy e a as pessoas se auto classificam como tal)


Naco: maloqueiro, mano (Obs.: no México é feio ser naco, eu acho o maior barato)


Karnal: wey na língua dos nacos


Que onda?: qual é?, qual foi?


Que transa?: "que onda" na língua dos nacos


No manches: nao brinca comigo


No mames: "no manches" para adultos (Obs.: mames vem de "mamar", que

significa chupar rola em mexicanes)


Pinche: adjetivo usado como "fucking" em ingles, pode se usar para adjetivar qualquer coisa


Chupar: beber álcool (Obs.: hahahaha)


Chido: legal


Padre: bacana


Neta?: sério?


Hueva: muita preguica


Rola: cancao (Obs.: aprendi essa quando numa balada uma menina, acho que vidente, me dise: "Que buena rola!")


Pendejo: babaca


Puto: viado


Culero: cusao


Cabrón: viado (negativo), cara fodao (positivo)


Chingar: foder


Desmadre: zona, bagunca, gerelamente en uma balada


Coger: trepar


Chamba: trampo


Rebe: balada


Está del nabo: tá foda (sentido negativo)


Está de la patada: tá foda de antigamente (que o Pancho Villa falava)


Verga, pinga: pinto


Vete a la verga: equivalente a "vai tomar no cu"


Hijo de la chingada: equivalente a "filho da puta"


Chilango: natural da cidade do México


Pacheco: maconheiro (Obs.: hahahaha)


Mota: maconha


Cristal: ecstasy


Pirujo: mulherengo


Coquetar: xavecar


Venir: gozar

segunda-feira, dezembro 03, 2007

Banho de loja

Resolvi trocar o layout do blog... marrozim

Pra combinar com a cor das merdas que são faladas aqui.

sábado, dezembro 01, 2007

Poema em Linha Reta - Fernando Pessoa (Álvaro de Campos)

Nunca conheci quem tivesse levado porrada.
Todos os meus conhecidos têm sido campeões em tudo.

E eu, tantas vezes reles, tantas vezes porco, tantas vezes vil,
Eu tantas vezes irrespondivelmente parasita,
Indesculpavelmente sujo.
Eu, que tantas vezes não tenho tido paciência para tomar banho,
Eu, que tantas vezes tenho sido ridículo, absurdo,
Que tenho enrolado os pés publicamente nos tapetes das etiquetas,
Que tenho sido grotesco, mesquinho, submisso e arrogante,
Que tenho sofrido enxovalhos e calado,
Que quando não tenho calado, tenho sido mais ridículo ainda;
Eu, que tenho sido cômico às criadas de hotel,
Eu, que tenho sentido o piscar de olhos dos moços de fretes,
Eu, que tenho feito vergonhas financeiras, pedido emprestado sem pagar,
Eu, que, quando a hora do soco surgiu, me tenho agachado
Para fora da possibilidade do soco;
Eu, que tenho sofrido a angústia das pequenas coisas ridículas,
Eu verifico que não tenho par nisto tudo neste mundo.

Toda a gente que eu conheço e que fala comigo
Nunca teve um ato ridículo, nunca sofreu enxovalho,
Nunca foi senão príncipe - todos eles príncipes - na vida...

Quem me dera ouvir de alguém a voz humana
Que confessasse não um pecado, mas uma infâmia;
Que contasse, não uma violência, mas uma cobardia!
Não, são todos o Ideal, se os oiço e me falam.
Quem há neste largo mundo que me confesse que uma vez foi vil?
Ó principes, meus irmãos,

Arre, estou farto de semideuses!
Onde é que há gente no mundo?

Então sou só eu que é vil e errôneo nesta terra?

Poderão as mulheres não os terem amado,
Podem ter sido traídos - mas ridículos nunca!
E eu, que tenho sido ridículo sem ter sido traído,
Como posso eu falar com os meus superiores sem titubear?
Eu, que venho sido vil, literalmente vil,
Vil no sentido mesquinho e infame da vileza.