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terça-feira, janeiro 23, 2007

Chupinhada de um show legal - Ben Harper em SP

Texto bobo informativo sobre um show foda. A preguiça é maior que o respeito

23/01/2007 - 10h22
Ben Harper toca por duas horas e divide palco com Donavon Frankenreiter em SP

FERNANDO KAIDA
Editor-assistente de UOL Música

No primeiro show paulistano de sua atual turnê brasileira, o cantor norte-americano Ben Harper mostrou que tem hits de sobra para enlouquecer a platéia. Mesmo depois de duas horas de show, as 6.000 pessoas --segundo a organização-- que lotaram o Via Funchal na noite desta segunda-feira (22) queriam mais do músico ao final da apresentação.
No palco, Ben Harper reproduz a grande variedade de estilos que costuma gravar e apresenta um repertório diversificado: blues, folk, pop rock, soul, gospel, reggae, rock psicodélico e baladas. Seja qual for o som favorito do espectador, ele certamente recebeu algo do cantor para ir embora com um sorriso no rosto.
De levada blueseira, "Ground on Down" abriu a seleção, às 22h55, com Harper sentado à frente da banda, tocando sua guitarra havaiana lap steel. Em "Serve Your Soul", o telão exibia imagens psicodélicas, e o cantor tirava solos cheios de efeitos e distorções enquanto era acompanhado pela banda.
Depois desse início mais pesado, Ben Harper se levantou e deu espaço a um repertório mais pop e funkeado, com faixas como "Black Rain" --que teve uma sessão de improviso entre os músicos, dos quais se destaca o grande --em todos os sentidos-- baixista Juan Nelson. A partir daí, o show seguiu o roteiro de oscilar entre baladas para os casais, como "Waiting For You", e canções de levada mais animada para o público dançar.
Não importava qual era a sonoridade, aos primeiros acordes de cada canção a platéia respondia com entusiasmo, que se mantinha por toda a música e chegava às raias da catarse em momentos como o endiabrado solo de percussão de Leon Mobley em "Burn One Down".
E catarse foi o que se viu com "With My Own Two Hands", que fechou a primeira parte do show, à 0h15. Com as duas mãos para o ar, Ben Harper comandava as 6.000 pessoas como um líder religioso, que a um sinal as fazia cantar o refrão e balançar as mãos rapidamente de um lado para o outro. Com pouco mais de uma hora de apresentação percorrida, o público não dava o menor sinal de cansaço.
O primeiro bis veio intimista e suave. O cantor voltou sozinho com o violão para tocar três canções de levada folk: "I Shall Not Walk Alone", "Another Lonely Day" e "Walk Away". Hora de acender os isqueiros ou, em tempos atuais, levantar e ligar o celular.
Com os companheiros novamente a seu lado, veio então o segundo bis, que sozinho quase ganha em empolgação do restante da noite. Na primeira canção, um soul gospel, Ben Harper encarna Ray Charles. Em pé, pede silêncio ao público e canta alto, sem o microfone, para êxtase dos fãs. Na seqüência vem o cover de "Sexual Healing", de Marvin Gaye. Apesar de não chegar aos pés da versão original, é mais uma deixa para os casais de namorados.
Para encerrar, o momento "camaradagem". Atração de abertura, o cantor Donavon Frankenreiter sobe ao palco para cantar com a banda o sucesso "Diamonds on the Inside", pop rock de sonoridade country que ganhou uma versão mais longa ao vivo. Em clima de celebração entre músicos e platéia, Ben Harper encerrou a noite abraçado aos amigos, visivelmente emocionado, enquanto era ovacionado pelos presentes.

Donavon Frankenreiter
Quando começou sua apresentação, às 21h20, pouco menos da metade do público estava presente no Via Funchal. Apesar disso, o cantor californiano mostrou que tem um público fiel --o mesmo de Ben Harper--, que conhece as letras e respondia com animação a cada música.
Entre um som com influência do hard rock setentista, repleto de solos de guitarra desnecessários ("That's Too Bad"), baladas com clima de luau ("All Around Us") e canções pop como as do amigo Jack Johnson ("Free"), Frankenreiter deixou o público na temperatura exata para o início da apresentação de Ben Harper.
Pelos aplausos recebidos ao término do show --com a casa já praticamente lotada-- e também quando apareceu para tocar com Harper, Donavon pode voltar quando quiser para um show só seu.

7 Comentários:

  • Às 6:52 PM , Blogger Puta Véia disse...

    Comentário pessoais:
    Show foda pra caralho. Banda entrosada como se fosse de jazz. Público aparentemente legal que conhecia as músicas

    Pontos fortes do show:
    1) Solo de baixo de Juan Nelson em Black Rain
    2) Solo de percussão apoteótico de Leon Mobley em Burn one down. "Leon é um mico de circo que toca tambor".
    3) 2º solo de baixo do Juan em Steal my kisses, com ele cantando no final
    4) Conjunto a volta de With My Own Two Hands, depois de 1 minutos de coro do público (esse foi foda mesmo)
    5) Muita Maria Joana

    Única ressalva para o público, do qual eu ainda desconfio. Muito playboy pra um show de rock... recheado de desfiles de modas exóticas e patizinhas "acompanhantes" de namorados. Aparentemente também fãs de Jack Johnson... mas foda-se. Estou aprendendo a não me incomodar com o gosto alheio.
    PS: Como uma mocinha, chorei no show. Chorei mesmo ué

     
  • Às 1:21 PM , Anonymous Anônimo disse...

    Show bom é isso aí... pega na veia!!!

     
  • Às 1:23 PM , Anonymous Anônimo disse...

    PS: Não conheço o som do cara... acho até que não faz meu tipo, pelo que se diz. Mas isso não interessa. Interessa é que vc gosta, foi num bom show e achou do caralho. Foda-se o que pensam ou deixam de pensar.

     
  • Às 4:54 PM , Blogger Puta Véia disse...

    Surpreso estou eu com tamanha atitude de respeito ao gosto alheio. Acredite que você subiu no meu conceito (se é que isso é importante pra você né?)
    Aleluia ya, I want to hear a couple of aleluia!!!

     
  • Às 6:26 PM , Anonymous Anônimo disse...

    É importante sim. Sempre é importante saber que subimos no conceito de pessoas que respeitamos intelectualmente. Isso não é trivial. Mesmo pra pessoas reconhecidamente difíceis, como este que vos fala. E o gosto alheio, bem, podemos discutir uma porrada de coisas técnicas objetivas e na maior parte das vezes, subjetivas. Mas esse não era o foco do post, não? O foco é que vc gosta e achou do caralho. Pode ser melhor do que isso? Como fã entusiasta das bandas que eu gosto, acho que não.

     
  • Às 1:48 PM , Blogger Burocrata disse...

    De repente bateu uma sensação de estar saindo no melhor da festa...
    Tudo ao meu redor parece estar melhorando e estou mudando de redor.
    Feliz por vocês.

     
  • Às 2:49 PM , Blogger Puta Véia disse...

    Adendo ainda em tempo. O show de terça-feira, aparentemente, foi muito melhor que o de segunda o qual presenciei. Fiquei com um pouco de raiva em ver que o 2º dia paulistano foi recheado de rock do burn to shine e do to will 2 live. Teve faded, glory & consequence, the roses from my friend, forgiven, a fodíssima power of the gospel...PUTA QUE PARIU!!!Que raiva que tá subindo.
    Mas tem que falar uma coisa, o cara tem repertório pra 6 horas de show fácil-fácil. Pena que cai no dia que foi um pouquinho pior.
    Para os fãs, segue set list e os comentários de outra fã
    http://boanoitecinderella.blogspot.com/2007/01/foi-ontem-foi-ontem.html

     

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