Minhas Férias... parte 4
Apesar do baixo ibope, claro, devido ao baixo interesse nos assuntos, fica aqui a quarta e última parte dos maiores motivadores de reflexões nos tempos recentes. Talvez um epílogo, mas o bojo da coisa está aí.
“A cada qual suas asas e sua viagem, a cada qual a imensidão de seu céu. Tudo está em desesperar do labirinto. Compreender que não há saída em lugar nenhum. É bem possível deslocar muros, abrir portas, derrubar paredes... Isso sempre cria um labirinto, isto é, uma prisão tanto mais inexpugnável por não ter limites. Podemos nos mover nela tanto quanto quisermos, em todos os sentidos, e até acreditar que somos livres. Labirinto do livre-arbítrio! Mas não se sai de si, nem da sociedade, nem do mundo. Podemos nos movimentar no labirinto, mas não podemos sair dele. Podemos mudar de posição, mas não de espaço. Podemos fugir, mas não escapar. Não no labirinto. E tampouco alhures: pois não há nada mais. Desespero: a única salvação está em renunciar à salvação. A salvação será inesperada, ou não será.”
(A, C-. Sponville)
“A cada qual suas asas e sua viagem, a cada qual a imensidão de seu céu. Tudo está em desesperar do labirinto. Compreender que não há saída em lugar nenhum. É bem possível deslocar muros, abrir portas, derrubar paredes... Isso sempre cria um labirinto, isto é, uma prisão tanto mais inexpugnável por não ter limites. Podemos nos mover nela tanto quanto quisermos, em todos os sentidos, e até acreditar que somos livres. Labirinto do livre-arbítrio! Mas não se sai de si, nem da sociedade, nem do mundo. Podemos nos movimentar no labirinto, mas não podemos sair dele. Podemos mudar de posição, mas não de espaço. Podemos fugir, mas não escapar. Não no labirinto. E tampouco alhures: pois não há nada mais. Desespero: a única salvação está em renunciar à salvação. A salvação será inesperada, ou não será.”
(A, C-. Sponville)
1 Comentários:
Às 12:38 AM , Burocrata disse...
Esse foi o que eu mais gostei. No fundo sempre soube disso, mas sempre achar que um dia você vai demolir o labirinto ao derrubar portas, deslocar as paredes etc é o que te faz ir em frente, é a tal da esperança, que ironicamente sempre tem um de seus muros derrubados quando percebemos que não há escapatória para o labirinto; mas que, mais ironicamente ainda, mantém o labirinto como tal, e o impede de se tornar uma prisão.
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