Faça-me o Favor!

Não nos responsabilizamos por mudanças súbidas de humor ou apetite, ofenças pessoais ou sentimentos inibidos que aflorem de quem por descuido venha a ler isso aqui. Queremos que tudo se exploda e não queremos explodir juntos. Não estamos aqui para sermos atacados, somos nos que atacamos. Ficamos em cima do muro mesmo, atirando pedra em quem passar em baixo, independente do lado.

domingo, agosto 31, 2008

O sentimento do sublime

"Suponhamos que nos perdêssemos a contemplar a infinitude do mundo no tempo e no espaço, quer refletíssemos sobre a multidão dos séculos passados e futuros, quer durante a noite o céu nos revele, na sua realidade, mundos sem número, ou que a imensidão do universo oprima, por assim dizer, a nossa consciência: neste caso, sentimo-nos reduzidos ao nada; como indivíduo, como corpo animado, como fenômeno passageiro da vontade, temos a consciência de não ser mais do que uma gota no oceano, isto é, de nos dissiparmos e de desaparecermos no nada. Mas, ao mesmo tempo, contra a ilusão do nosso nada, contra esta mentira impossível, eleva-se em nós a consciência imediata que nos revela que todos esses mundos existem apenas na nossa representação; eles são apenas modificações do sujeito eterno do puro conhecimento; são apenas aquilo que sentimos em nós, desde que esquecemos a individualidade; em resumo, é em nós que reside o que constitui o suporte necessário e indispensável de todos os mundos e de todos os tempos. A grandeza do mundo, que há pouco espantava-nos, agora reside, serena, em nós mesmos: a nossa dependência em relação a ela está a partir de agora suprimida, visto que presentemente é ela que depende de nós. - No entanto, não fazemos efetivamente todas estas reflexões; limitamo-nos a sentir, de uma maneira completamente irrefletida, que, num certo sentido (só a filosofia pode precisá-lo), somos um com o mundo, e que, por conseguinte, a sua infinitude ergue-nos, ao contrário de nos esmagar. É esta consciência, ainda completamente sentimental, que os Upanixades dos Vedas repetem sob tantas formas variadas e, sobretudo, nesta frase que citamos mais acima: 'Eu sou todas estas criaturas, e por minha causa não há outro ser' (Oupnekhat, I, 122). Existe aí um êxtase que ultrapassa a nossa própria individualidade; é o sentimento do sublime."

Arthur Schopenhauer. O mundo como vontade e representação, Livro III, 39, p. 215,216.

terça-feira, agosto 26, 2008

"O que uma guitarra faz, nenhum rapaz comigo já fez" (Martha Medeiros)

TOP 10 - Os melhores solos de guitarra

1. Stairway To Heaven - Led Zeppelin (http://www.youtube.com/watch?v=ayzhJKy8H_A)

2. Free Bird - Lynyrd Skynyrd (http://www.youtube.com/watch?v=mioGewkWVdo)

3. Iron Man - Black Sabbath (http://www.youtube.com/watch?v=MII3ns2KTBc)

4. Comfortably Numb - Pink Floyd (http://www.youtube.com/watch?v=1Qt6b8B5Bd4&feature=related)

5. I put a spell on you - Creedence Clearwater Revival (http://www.youtube.com/watch?v=4R6nmKjcSeU)

6. Whole Lotta Love - Led Zeppelin (http://www.youtube.com/watch?v=jN-_up5dSW0)

7. Voodoo Child - Jimi Hendrix (http://www.youtube.com/watch?v=IHC9bxQkLCQ&feature=related)

8. Crossroads - Cream (http://www.youtube.com/watch?v=Dg1pHeYmaQE)

9. While My Guitar Gently Weeps - The Beatles (http://www.youtube.com/watch?v=ieJDbxRH-ck&feature=related)

10. Truckin' - The Grateful Dead (http://www.youtube.com/watch?v=vPNgjA4i6gM)


... e lembrem-se que opinião é que nem bunda: cada um tem a sua!!

sexta-feira, agosto 22, 2008

Das coisas que mudam com o tempo. Das coisas que nunca mudam.


"Remember when you were young,
you shone like the sun
Shine on you crazy diamond

Now there's a look in your eyes,
like black holes in the sky
Shine on you crazy diamond

You were caught on the crossfire
of childhood and stardom,
blown on the steel breeze

Come on you target
for faraway laughter,
come on you stranger, you legend, you martyr,
and shine!!"

(Sim... aos 15 anos ela nem fazia o mesmo sentido que agora... ela nem fazia sentido...)

quinta-feira, agosto 21, 2008

malvados.com


Nada além, nada mais...

terça-feira, agosto 19, 2008

7 meses

"Tudo é insuportável: A passividade do chão é um desaforo,
E a serenidade do céu é um tremendo desconforto"

(Del Candeias)

sábado, agosto 09, 2008

A Insustentável Leveza do Ser


"Um dia em que acabara de fazê-la dormir e portanto ela estava na antecâmara do primeiro sono, de onde ainda podia responder às suas perguntas, ele lhe disse: "Bem! Agora, vou indo". "Para onde?", perguntou ela. "Vou sair", disse ele com voz severa. "Vou com você', disse ela levantando-se da cama. "Não, não quero. Vou para sempre", disse ele, saindo do quarto. Ela se levantou e o seguiu até a entrada, piscando. Estava de camisola curta, sem nada por baixo. Seu rosto permanecia imóvel, sem expressão, mas os movimentos eram enérgicos. Da entrada, ele passou para o corredor (o corredor comum do edifício) e fechou a porta na frente dela. Tereza a abriu com um gesto brusco e o seguiu, convencida no seu estado de sonolência de que ele queria partir para sempre e ela deveria retê-lo. Ele desceu um andar, parou no patamar e ficou esperando por ela. Tereza foi ter com ele, segurou-o pela mão e o trouxe para junto de si, na cama.

Tomas dizia consigo mesmo: deitar-se com uma mulher e dormir com ela, eis duas paixões não apenas diferentes mas quase contraditórias. O amor não se manifesta pelo desejo de fazer amor (esse desejo se aplica a uma multidão inumerável de mulheres), mas pelo desejo do sono compartilhado (esse desejo diz respeito a uma só mulher). "