Faça-me o Favor!

Não nos responsabilizamos por mudanças súbidas de humor ou apetite, ofenças pessoais ou sentimentos inibidos que aflorem de quem por descuido venha a ler isso aqui. Queremos que tudo se exploda e não queremos explodir juntos. Não estamos aqui para sermos atacados, somos nos que atacamos. Ficamos em cima do muro mesmo, atirando pedra em quem passar em baixo, independente do lado.

terça-feira, abril 18, 2006

Quem é, é

Essa semana vi algo que não me prenderia a atenção normalmente. Dr. Enéas Carneiro no programa do Jô Soares. E vi ali a possibilidade da demonstração clara de uma velha percepção da minha parte quanto ao segundo. Confesso minha admiração pelo Dr. Enéas, apesar de lamentar determinados arroubos do distinto cavalheiro.
Pois foi uma grande patuscada do infeliz do gordo, que tentou manter a entrevista em tom prosaico. Oras, não é ele um sujeito tão inteligente; ou ainda, seu público não é distinto e intelectualizado? Ele não é colocado na dita “intelectualidade” brasileira, e não exige que o tratem como tal? Pois para quem se traveste com tal título, ele demonstrou uma ignorância sem limites. O que não é surpresa. Nada como fazer troça do argumento não compreendido ou então a insistência num ponto irrelevante mas que lhe foi a ponta do iceberg de um argumento mais sofisticado.
E o deleite se fez quando Dr. Enéas passa a encantuar o gordo numa retórica refinada que é driblada com um intervalo, que na verdade não existe, mas permite um segundo de fôlego, para uma mente preparada. Mas não se fez paz para o gordo, que insistia em desqualificar os argumentos do cardiologista. Em sua argúcia e sagacidade invejáveis, ia complicando o gordo até a conversa morrer. Foi ridídulo. Pro gordo.
Duas considerações. Em primeiro lugar, o gordo é um completo estúpido. E isso nunca foi novidade pra mim, mas pela primeira vez o vi nas cordas perante um convidado que não se deixou enredar e intimidar e, com elegância, o torceu até o desconforto. Em segundo lugar, esse país é uma merda mesmo. Ter caras como Jô Soares, Arnaldo Jabor e Millôr como intelectuais e encarnações manifestas do “Bom-Senso” que se destacam da massa é assinar um atestado de imbecilidade. Se destacam sim por oportunismo. E só isso.
Mas o que esperar de um povo e de um país que têm José Sarney e Paulo Coelho como Imortais da Academia Brasileira de Letras?

4 Comentários:

  • Às 9:28 AM , Blogger Puta Véia disse...

    Simples. Montanha para o Senado, para a Academia o horário da madrugada da Rede Globo.

    Não é querendo arrumar briga, mas por mais que eu veja que as vezes vc não diz uma coisa sensata, desta vez desceu do tamanco.

    Mas esse é o intuido do blog, desabafar todo o desgosto da vida contemporânea.

     
  • Às 11:29 AM , Blogger Burocrata disse...

    Opa! Concordo quanto ao Jô e o Arnaldo, mas o Millôr é completamente diferente, não me recordo de vê-lo pagar de intelectual, pelo contrário tudo que leio dele e em suas entrevistas, aparenta ser um punk nojento falando. Ele é um humorista ácido, bem do jeito que se deve ser. Mas ai coloca-lo como "único gênio brasileiro" como escrito ai nos links ao lado, já acho pagação de pau descabida, agradeçam à PV deslumbrada. Aliás PV, o que o Armless disse de tão insensato? Não entendi, faça-me o favor de explicar-se.

     
  • Às 11:55 AM , Blogger Puta Véia disse...

    Nunca vi o Jô se alto declarar intelectual. Metido ele é, mas o senso comum fez seu devido papel de aumentar a história. Nelson Rubens na cabeça.

    E sobre gênios, esqueci também de vcs dois. Esse é o melhor blog do mundo, 2 gênios e uma puta.

     
  • Às 6:36 PM , Anonymous Anônimo disse...

    Nem para o Senado, nem para a Academia, menos ainda para a madrugada global. E mesmo que a PV quisesse arrumar briga, seria muito difícil ela entender o que a gente diz, ainda por que, a idéia é discordância e não barraco.
    É verdade que a sensatez tem um pé na precaução e outro na inteligência, de forma que se entregar a um bate-boca improdutivo é se rebaixar à boçalidade do interlocutor, no caso, a PV.
    E quem melhor do que uma puta neurótica, atolada de fluoxetina e que mal consegue quem lhe coma o cu (no sentido sexual e não empresarial) pra falar em "desabafar todo o desgosto da vida contemporânea"? Há algum tempo decidi que não iria mais pedir desculpas ao mundo por levar uma vida boa, ainda que isso me afastasse de pessoas que eu gostava. Se querem ser infelizes, que o sejam nas suas vidinhas...
    Ah, ia esquecendo. Não somos gênios não. E sabemos disso. Mas o burro que sabe que é burro não é tão burro assim. Já o burro que acha que é alguma coisa... entendeu, PV, ou quer que eu desenhe? Ou melhor, quer que eu faça um POP ou fluxograma?
    Beijo na bunda magrela...

     

Postar um comentário

Assinar Postar comentários [Atom]

<< Página inicial