Mais um dia de paulistano Vejinha - Parte 1
7:00 e toca o meu despertador, rapidamente desligado... alguns minutos depois mamãe vem me acordar. O café já esta na mesa e tenho que trabalhar as 9:00.
Passo o desjejum de olhos fechados, não sou tão fã assim de meus pais, não puderam me dar a vida de playboy que sempre quiz e vi meus amigos da FAAP tiveram. Hoje trabalham na empresa dos pais, e eu... meu pai só conseguiu que um amigo dele me contratasse no banco em que ele trabalha.
8:00 e já tenho que sair. O percurso até o trabalho é pequeno (uns 4 Km), mas o transito dessa cidade já viu né? Logo cedo já tomo uma fechada no transito.. malditos taxistas nordestinos. O fascismo que estava certo, eugenia é solução. 2 esquinas a frente, uma brasília velha quebra logo na saída do farol... e nem com 1 minuto de minha buzinada o velho babaca conseguiu empurrar o carro pra fora da pista; queria ajuda, mas que se foda, ligasse pra seguradora dele pra empurrar o carro, e se não tivesse seguro, azar... ninguém mandou ter um carro velho.
Quase chegando no trabalho meu carro morre no farol, deixa pra que uma cambada de filha-da-puta buzinem na minha orelha. Acabou a gasolina!!! A desgraçada da minha irmã nem teve a vontade a abastecer o meu carro. Isso que dá... emprestei o carro pra ela o mês passado e essa é a ingratidão. Nunca mais também. E os desgraçados buzinando ainda. Será que não entendem que fiquei sem gasolina!?!? O que custa me ajudar a colocar o carro pro lado. Deixei onde estava... peguei um taxi e liguei pro meu pai. Ele que resolva... ele que teve a filha desgraçada que é minha irmã... biscate.
" - Mas deixar o carro abandonado naquele cruzamento?!?! Vc vai ser multado!"
"- Azar da tua filha... ela vai pagar isso também" (mas o dinheiro é do velho mesmo, então não muda nada);
O taxista vem com papo... não gosto de conversar com esse tipo de gente. Pego a revista e fico lendo, respondendo de vez em quando o que ele resmunga.
Chego no trabalho e já tem reunião. Pra melhorar a diversidade do banco. Tenho que apresentar o quão baixo são os índices de inclusão social no país, na cidade, na empresa. Seria tão mais simples se contratassem mais negros, indígenas, mulheres, em geral, essa minoria excluida socialmente. A consultoria que contratei para me ajudar neste projeto acredita na mesma coisa. Agora é só passar para o RH a demanda, mas eles são muito lentos... nunca entendem o que eu preciso e ficam dando milhões de desculpas, que é difícil encontrar indigenas em SP, que os funcionários negros já contratados reclamam de discriminação, etc... Sempre as mesmas respostas. Eu só preciso reduzir o maldito número que eu tenho que reportar para meu chefe, não tô nem aí pro trabalho dos outros. O meu na reta não fica não... vou continuar culpando o RH.
Passo o desjejum de olhos fechados, não sou tão fã assim de meus pais, não puderam me dar a vida de playboy que sempre quiz e vi meus amigos da FAAP tiveram. Hoje trabalham na empresa dos pais, e eu... meu pai só conseguiu que um amigo dele me contratasse no banco em que ele trabalha.
8:00 e já tenho que sair. O percurso até o trabalho é pequeno (uns 4 Km), mas o transito dessa cidade já viu né? Logo cedo já tomo uma fechada no transito.. malditos taxistas nordestinos. O fascismo que estava certo, eugenia é solução. 2 esquinas a frente, uma brasília velha quebra logo na saída do farol... e nem com 1 minuto de minha buzinada o velho babaca conseguiu empurrar o carro pra fora da pista; queria ajuda, mas que se foda, ligasse pra seguradora dele pra empurrar o carro, e se não tivesse seguro, azar... ninguém mandou ter um carro velho.
Quase chegando no trabalho meu carro morre no farol, deixa pra que uma cambada de filha-da-puta buzinem na minha orelha. Acabou a gasolina!!! A desgraçada da minha irmã nem teve a vontade a abastecer o meu carro. Isso que dá... emprestei o carro pra ela o mês passado e essa é a ingratidão. Nunca mais também. E os desgraçados buzinando ainda. Será que não entendem que fiquei sem gasolina!?!? O que custa me ajudar a colocar o carro pro lado. Deixei onde estava... peguei um taxi e liguei pro meu pai. Ele que resolva... ele que teve a filha desgraçada que é minha irmã... biscate.
" - Mas deixar o carro abandonado naquele cruzamento?!?! Vc vai ser multado!"
"- Azar da tua filha... ela vai pagar isso também" (mas o dinheiro é do velho mesmo, então não muda nada);
O taxista vem com papo... não gosto de conversar com esse tipo de gente. Pego a revista e fico lendo, respondendo de vez em quando o que ele resmunga.
Chego no trabalho e já tem reunião. Pra melhorar a diversidade do banco. Tenho que apresentar o quão baixo são os índices de inclusão social no país, na cidade, na empresa. Seria tão mais simples se contratassem mais negros, indígenas, mulheres, em geral, essa minoria excluida socialmente. A consultoria que contratei para me ajudar neste projeto acredita na mesma coisa. Agora é só passar para o RH a demanda, mas eles são muito lentos... nunca entendem o que eu preciso e ficam dando milhões de desculpas, que é difícil encontrar indigenas em SP, que os funcionários negros já contratados reclamam de discriminação, etc... Sempre as mesmas respostas. Eu só preciso reduzir o maldito número que eu tenho que reportar para meu chefe, não tô nem aí pro trabalho dos outros. O meu na reta não fica não... vou continuar culpando o RH.
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