Mais um dia de paulistano Vejinha - parte 2

11:00 e já tenho que ver aonde vou almoçar. Saco logo a Vejinha do meu armário e procuro um novo restaurante que ainda não fui. É difícil, essa bíblia é meu roteiro de entretenimento, sempre estou antenado nisso. Já fui a quase todos, mas achei um restaurante tibetano novo no jardins. Começo a chamar meus amigos de trabalho pro almoço. Depois de 1 hora a gente fecha que vai lá.
Restaurante legal. Toca música ambiente e tem um couver sensasional. O pessoal gostou. Modestia a parte, sempre levo a galera pra almoçar em lugares legais. Santa Vejinha.
A tarde inteira um tédio. Orkut, umas apresentações que meu chefe pediu, e o pessoal do RH já com desculpas. Entrego o meu grande projeto do semestre, um novo método de organização dos e-mail. O sistema antigo era primitivo... tinha que imprimir todos e arquivar em pasta. Coloquei tudo digital. Esse pessoal é muito atrasado!
18:00 em ponto e saio. Nem um minuto a mais. Até chegar em casa, 19:30, taxi é uma bosta mesmo. E pq todo mundo tem que sair do trabalho na hora que eu saio? Mudem o horário de trabalho, me deixem em paz.
A noite é hora da balada. Vi na Vejinha um novo barzinho na Vila Madalena, o PCC, vou com o carro do papai agora, já que o meu deve estar ainda quebrado no meio da rua. Muito legal, gente bonita, classe média tradicional, só a vodka que não é muito boa, mas o energético e o DJ são muito bons, e eu com minha camiseta nova da Colcci e meu boné da Von Dutch.
Na saida, já pelas 3:00, me avisam que não aceita cartão. Até li um letreiro na entrada, mas nem acreditei... o gerente vem e fala que é em cheque ou dinheiro! Aí eu rodo a baiana, a vodka sempre me deixa corajoso assim (santa vokca), mas aí o gerente apelou e chamou 2 seguranças 2x2. Não dá pra brigar com negão desses, né? Vai que o cara anota a placa do carro, descobre onde vc mora e te assalta!?!? Esses negões tinham é que te tratar bem, não assim... tentar acabar com a minha alegria de xingar o gerente. Filha-da-puta, deve ser outro nordestino desgraçado.
Pra completar, bato o carro na garagem... tava muito loko, mas é só botar a culpa no vallet do bar de novo que o velho engole, depois ele manda o advogado dele processar o lugar, igual ele fez no mês passado. Eu adoro meu pai.